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Vídeos mostram momento em que terremoto atinge Japão. Veja!

Cenas dos terremotos de magnitude 7,1 e 6,9 que atingiram o Japão nesta quinta-feira (8) foram registradas em vídeos impressionantes divulgados nas redes sociais. Nos conteúdos, é possível ver casas e carros balançando devido à vibração do solo nas costas da ilha de Kyushu, sul do país.

Segundo a Agência Meteorológica do Japão (JMA), o fenômeno ocorreu às 16h43 (4h43 conforme o horário de Brasília) no Mar de Hyuga, a uma profundidade de 30 quilômetros. Ainda há registro de tsunamis de até meio metro na costa do Pacífico, afetando as cidades de Nichinan, Tosashimizu, Kagoshima e Minamiosumi.

De acordo com informações da emissora pública NHK, os tremores resultaram em ao menos nove pessoas feridas. A dimensão dos danos materiais ainda está sendo avaliada pelas autoridades.

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Diante do fenômeno, especialistas da JMA advertiram que esse tremor é, aparentemente, um prelúdio de um terremoto de grande magnitude, esperado para acontecer na Fossa do Japão, nas próximas décadas. O local é um dos pontos de maior atividade sísmica do mundo e causa preocupação na entidade, que pediu precauções extremas e medidas de prevenção de desastres.

Assista, na sequência, a vídeos do ocorrido:

 

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POR QUE ACONTECEM TANTOS TERREMOTOS NO JAPÃO?
O motivo de o Japão ser tão suscetível a tremores de terra é justamente a sua localização, que tem uma das atividades sísmicas mais intensas do planeta e é conhecida como Círculo de Fogo, uma região onde placas tectônicas se encontram.

Isso porque a litosfera do nosso planeta – ou seja, a camada externa e sólida da superfície terrestre – não é contínua, mas fissurada em diversas placas. Dessa forma, nossa crosta terrestre é divida em grandes blocos que não são estáticos.

Eles se deslocam, porque abaixo deles está uma camada mais líquida do nosso planeta, denominada manto terrestre. Dessa forma, as placas acabam por fazer movimentos, que podem ser classificados como convergentes – quando as placas colidem umas com as outras -, divergentes – quando se afastam – ou transformantes – quando deslizam paralelamente.

É justamente o deslocamento desses blocos terrestres que provoca atividades sísmicas, vulcânicas, formação de falhas e até tsunamis. Por estar acima da Placa Sul-Americana, o Brasil não sofre fenômenos como esse. O Japão, por outro lado, está sobre o limite de quatro placas: a da Eurásia, que fica na costa oeste; a das Filipinas, que fica ao sul; a do Pacífico, que fica ao leste; e a Norte-Americana, localizada ao norte.

ADAPTAÇÃO
Mas, exatamente por estar em uma localidade tão adversa, foi que o Japão se tornou o país mais preparado para lidar com terremotos do mundo. Após passar por abalos sísmicos que tiraram milhares de vidas ao longo dos anos, o país abandonou os modelos de construção europeus e buscou se adaptar aperfeiçoando sua engenharia.

Atualmente, o código de construção japonês exige medidas de isolamento sísmico. As regras, por exemplo, determinam que os novos edifícios sejam reforçados com aço, concreto e vigas grossas. Com medidas como essa, o Japão conseguiu reduzir drasticamente os prejuízos causados pelos abalos terrestres.

A título de comparação, em 1923 e em 2011, o país sofreu fortes terremotos de mesmo nível, de magnitude 9. Segundo informações da BBC, porém, no primeiro caso, o Japão registrou 140 mil mortes e cidades arrasadas. Em 2011, porém, nenhum edifício importante chegou a cair, e as 15.853 mortes que o país registrou na ocasião foram causadas pelo tsunami que ocorreu logo depois, não pelo tremor. Em outros países do mundo, terremotos como esse seriam muito mais devastadores.