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Vídeo: Reuters usa imagens de sósia de Bolsonaro para criticar ex-presidente

Em um vídeo publicado em seu canal no YouTube neste domingo, 17, a agência de notícias Reuters usou imagens de um sósia do ex-presidente Jair Bolsonaro interagindo com apoiadores para ilustrar uma reportagem. Ele aparece nos primeiros 14 segundos da matéria.

O texto critica as declarações feitas pelo político durante o lançamento da pré-candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) à Prefeitura do Rio de Janeiro, ocorrido no sábado 16. No evento, Bolsonaro afirmou não sentir receio de ser julgado pelas acusações de seu suposto envolvimento em uma tentativa de “golpe de Estado” articulada depois das eleições de 2022.

“Poderia estar muito bem em outro país, preferi voltar para cá com todos os riscos que ainda corro”, disse Bolsonaro, durante evento. “Não tenho medo de qualquer julgamento, desde que os juízes sejam isentos.”

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Segundo a Reuters, as declarações foram feitas “um dia depois de uma investigação policial revelar que Bolsonaro tentou cooptar os chefes militares do país para o golpe”. 

 

A agência de notícias também chamou Bolsonaro de “líder de extrema direita”. A equipe da Reuters ainda afirmou que ele está inelegível por “abusar de seu poder como presidente” e “criticar repetidamente o sistema eleitoral do país”.


Repercussão entre apoiadores de Bolsonaro

Ao terem conhecimento da gafe cometida pela Reuters, inicialmente alertada pelo jornalista Samuel Pancher, do site Metrópoles, apoiadores do ex-presidente foram às redes sociais para criticar o trabalho da agência pela falta de cuidado durante o processo de produção do vídeo.

Em uma publicação feita em seu perfil no Twitter/X, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, afirmou que sente mais respeito por vermes do que pelas “milícias digitais do amor, fabricantes de narrativas e desinformação 24h por dia”.


Nas respostas, alguns dos usuários riram da situação, enquanto outros afirmaram que o “descuido” da Reuters é “gravíssimo” e passível de punição legal, visto que a imagem de Bolsonaro foi vinculada de forma errônea a terceiros. Até o momento, o vídeo conta com 720 visualizações no canal da agência de notícias no YouTube.

A Reuters, fundada no Reino Unido em 1851, é considerada a maior agência de notícias do mundo. A companhia ainda não se pronunciou sobre o erro. Os comentários no vídeo do YouTube estão desabilitados.