Vídeo: demolição de barracas irregulares no Rio gera tumulto
Na manhã desta quarta-feira (17/7), o ex-secretário de Juventude do Rio de Janeiro Salvino Oliveira foi agredido durante uma confusão na comunidade Cidade de Deus, Zona Oeste da cidade. A desordem teve início em resposta a uma operação conjunta da Polícia Militar e da Prefeitura do Rio.
A operação, que começou de forma pacífica, visava a demolição de barracas consideradas irregulares. Comerciantes locais expressaram indignação, alegando não terem sido notificados previamente e, sem aviso, temiam ficar sem trabalho.
Enquanto tentava mediar a situação, o ex-secretário afirmou que opositores instigaram a briga.
Veja momento da confusão:
“Só fomos lá para tentar entender e ajudar. Mas o barco desandou e começou a agressão feitas pelos opositores. Montamos uma comissão explicando aos comerciantes que não precisam voltar para construções irregulares e que tentaremos algo junto à prefeitura”, declarou Salvino ao g1.
Apesar do tumulto, Salvino enfatizou seu compromisso com a comunidade. “Eu, de verdade, ainda não sei o que vou fazer a partir disso, mas é certo que os comerciantes estão do nosso lado nessa situação. Vou continuar lutando não só pela Cidade de Deus, mas pelas favelas do Rio de Janeiro”, afirmou.
Vandalismo
A confusão resultou em atos de vandalismo, como incêndios de latas de lixo. A Rua Edgar Werneck e a Rua Miguel Salazar, principais vias da comunidade, foram interditadas, e a violência se estendeu até a Estrada do Gabinal.
Policiais foram acionados para controlar a situação, e uma base da PM foi atacada. A operação fazia parte da ação Ordo, que visa sufocar o braço financeiro do crime organizado e já resultou na prisão de mais de 40 pessoas. Este foi o terceiro dia da operação.
Segundo a assessoria do governo do Rio, a ação desmobilizou um lixão clandestino e demoliu construções irregulares. A Secretaria de Ordem Pública do Rio identificou construções que impedem a limpeza do canal e aumentam as enchentes.
Até o momento, nem o governo do estado do Rio de Janeiro nem a prefeitura se manifestaram sobre o ocorrido.
