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Vereadora esquerdista de Curitiba vira ré por embriaguez ao volante e desacato

>O juiz Lourival Pedro Chemim recebeu a denúncia contra a vereadora de Curitiba Maria Letícia Fagundes (PV). Ela foi acusada de embriaguez ao volante e desacato depois de ter sido flagrada em 25 de novembro ao dirigir sob “influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência”.

Titular da Vara de Delitos de Trânsito de Curitiba, o juiz recebeu a denúncia formulada pelo Ministério Público do Paraná em 14 de dezembro. Ele afirmou que há justa causa para o recebimento da denúncia. “A denúncia não é manifestamente inepta. Há pressuposto processual e condição para o exercício da ação penal e não falta justa causa”, escreveu Chemim na decisão de 15 de dezembro.

Na decisão, o magistrado agendou para 15 de março audiência na qual a vereadora poderá aceitar a proposta formulada pelo Ministério Público de suspensão condicional do processo. Se aceitar as condições, ela ficará livre de punição e não terá antecedentes criminais anotados em sua ficha.

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O benefício, previsto em lei, é oferecido pela Promotoria a réus com bons antecedentes e quando o crime praticado tiver pena mínima igual ou inferior a um ano. Tanto o desacato quanto a embriaguez ao volante têm pena de seis meses cada um. Já as penas máximas dos dois crimes somadas chegam a cinco anos.

Caso Maria Letícia não aceite a proposta de suspensão condicional do processo, ela continuará respondendo à ação criminal, que poderá resultar em absolvição ou condenação.

Vereadora de Curitiba desacatou policiais militares depois de se envolver em acidente

A vereadora Maria Letícia foi flagrada ao dirigir alcoolizada na noite de 25 de novembro, depois de sair de um show na capital paranaense e se envolver em um acidente de trânsito.

O desacato aos policiais ocorreu quando ela disse, segundo a denúncia do Ministério Público, que os agentes iriam “se ferrar” já que ela era parlamentar municipal. Além disso, teria chamado os agentes de “covardes”. Ela xingou um deles de “lixo e assediador” e o mandou calar a boca, segundo a Promotoria.

A denúncia também afirma que a vereadora se recusou a fazer o teste de bafômetro, depois de terem sido “constatados visíveis sinais de embriaguez”, como “olhos vermelhos, desordem nas vestes, hálito alcoólico, atitude agressiva, arrogante, exaltada, irônica, falante e dispersa, dificuldade no equilíbrio e fala alterada”.

Depois que o Ministério Público ofereceu a denúncia, Maria Letícia — que é médica ginecologista e trabalhou por muitos anos como médica-legista — negou que conduzisse o veículo alcoolizada. Disse que sua conduta está relacionada ao uso de medicamentos para o tratamento de uma doença autoimune.

“A vereadora utiliza esses medicamentos para prevenir recorrências da doença, sendo que tais substâncias podem ter efeitos colaterais, como sonolência e dificuldades na fala. O acidente não resultou de embriaguez, mas, sim, de complicações decorrentes do tratamento médico realizado pela vereadora”, afirmou a assessoria da parlamentar, em nota.