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Vereador pede ‘paciência’ até que trânsito da Avenida Brasil seja ajustado

Engarrafamento na Avenida Brasil em 3 de abril de 2024 – Foto: Reprodução/Internet

Nesta terça-feira (09/04), a Comissão de Transportes da Câmara Municipal do Rio de Janeiro se reuniu para debater a questão do trânsito intenso na Avenida Brasil após a implementação do sistema BRT na via.

Presidido pelo vereador Felipe Michel (PP), o encontro contou com a presença de representantes de empresas de transporte de passageiros e de carga, profissionais de segurança pública e membros da sociedade civil.

Na manhã da última quarta (03/04), o Rio chegou a ter mais de 180km de congestionamento total, muito por conta do ”nó” no trânsito causado na Avenida Brasil, que teve reflexos em vias como a Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Francisco Bicalho.

”O que os cariocas passaram na última semana foi inaceitável. Queremos saber se a Prefeitura fez um estudo de impacto antes de colocar o BRT para funcionar. Não somos contra sua implantação, mas precisamos pensar nos passageiros dos ônibus de linha e nas pessoas que usam o transporte por aplicativo. Não foi só a Avenida Brasil que parou, foram vias importantes da cidade. Temos que encontrar soluções, e nada melhor do que uma audiência pública para isso”, explicou Felipe Michel.

Também integrante da comissão, o vereador Luiz Ramos Filho (PSD) ressaltou que é preciso haver continuidade na construção de políticas públicas na área de transporte. Ele também pediu ”paciência” à população, para a situação ser solucionada da melhor forma possível.

”Passaram vários secretários pela Secretaria de Transportes. Toda vez que eu iniciava um processo, passava um tempo, a equipe já tinha mudado e a formulação desaparecia. Acredito que a Prefeitura não é inflexível de insistir em algo prejudicial. Precisamos ter paciência e dar um tempo para ver como o BRT Transbrasil vai se comportar”, disse.

O presidente do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do RJ (Sindicarga), Filipe Coelho, por sua vez, afirmou que a associação chegou a encomendar um estudo de impacto com soluções para lidar com eventuais problemas, mas que não foram ouvidos pela Poder Executivo carioca.

”Em momento algum fomos recebidos para discutir o estudo. Só conseguimos mais atenção quando transportadores autônomos ameaçaram fazer greve”, apontou.

O sindicalista reforçou ainda a necessidade de atenção para a questão da segurança, e apontou preocupação com medidas voltadas para limitar transporte de carga na via, como a suspensão do trânsito de caminhões em horários de pico.

Com a mudança, surge também a possibilidade dos veículos ficarem parados em um determinado trecho aguardando a liberação. Felipe Michel quis saber que riscos isso representaria em relação à segurança. Para o comandante do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas, Wagner Luiz Ferreira, é preciso haver medidas preventivas.

”Seria necessário o diálogo com a prefeitura para saber até onde conseguimos oferecer uma segurança eficaz e onde seria um risco maior. Assim, conseguiríamos atender o desejo de todos, que é mais segurança e mobilidade”, afirmou.

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