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TSE altera divulgação de resultados em cidades menores para evitar sobrecarga

A presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Cármen Lúcia, anunciou nesta quinta-feira (26) mudanças na forma de divulgação dos votos em municípios com menos de 200 mil habitantes.

Nestes locais, o eleitor ainda irá acompanhar a evolução da apuração dos votos, mas os detalhes sobre qual candidato teve melhor ou pior desempenho por zona eleitoral serão divulgados apenas depois da análise de todas as seções eleitorais daquela zona.

A alteração atinge municípios que não terão segundo turno. Não muda a divulgação do resultado em locais com mais de 200 mil habitantes, em que existe a possibilidade de segundo turno.

A medida foi tomada para evitar sobrecarga nos sistema eleitorais, pois o pleito deste ano será realizado em horário único em todo o país, disse a ministra.

“Esses testes [de divulgação do resultado] já foram feitos, o que pretendemos é dar cada vez maior celeridade no processamento de dados”, afirmou Cármen Lúcia.

O ajuste foi feito porque, em setembro de 2022, o TSE unificou o horário das eleições de acordo com o horário de Brasília. Portanto, estas serão as primeiras eleições municipais neste formato.

Apesar de as eleições gerais serem feitas para preenchimento de cinco cargos, as eleições municipais envolvem uma quantidade bastante superior de candidatos e, assim, de dados. O setor de tecnologia da corte se preocupou com a sobrecarga do sistema diante da possibilidade de os dados chegarem todos ao mesmo tempo.

O risco era de situação semelhante à de 2020, nas eleições gerais. Na ocasião, uma falha em um processador de um computador provocou uma lentidão que travou a totalização dos votos por cerca de duas horas.

“A eleição geral teve 26 mil candidatos, enquanto a municipal tem aproximadamente 465 mil candidatos. À medida que os votos são liberados e colocados nas urnas ao mesmo tempo por município e por zona, poderia haver uma demora um pouco maior pela soma dos sistemas que precisam funcionar, com a soma também de dados, no mesmo tempo e na mesma hora”, disse a presidente do TSE.

Por causa do risco de sobrecarga, a área de tecnologia do TSE propôs que o arquivo de zona eleitoral fosse gerado apenas quando todas as seções da respectiva zona eleitoral estiverem totalizadas.

Em reunião com as áreas técnicas de veículos de imprensa que divulgam os resultados das eleições captando dados diretamente da corte, feita em 8 de julho, o setor informou que, neste ano, haveria essa diferença na divulgação dos resultados.

A possibilidade gerou uma mobilização dos veículos, que pediram uma reunião com a presidente da corte. No encontro, as TVs pediram que a decisão fosse reconsiderada. A ministra Cármen Lúcia pediu que a TI do tribunal fizesse testes e os simulados concluíram que é possível manter a divulgação por zona eleitoral para as cidades de grande porte.


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