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Supremo Tribunal Venezuelano diz que não vai publicar atas eleitorais

A confirmação da reeleição do ditador Nicolás Maduro foi anunciada na quinta-feira, 22, pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela, órgão controlado pelo regime chavista, sem a apresentação de provas. Além disso, o TSJ não irá liberar as atas das eleições de 28 de julho.

O Tribunal Superior de Justiça (TSJ) declarou que Edmundo González, o candidato da oposição, pode enfrentar sanções por desacato se não participar das fases do processo de investigação. González afirma ter recebido 70% dos votos na eleição presidencial.

TSJ decide e candidato da oposição pode enfrentar sanções

A decisão foi comunicada por Caryslia Rodriguez, presidente da Corte, após a recepção de documentos eleitorais do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), uma entidade associada a Maduro, para análise em 5 de agosto. Segundo ela, a eleição foi respaldada pelos “respaldo pelos registros que as máquinas emitiram e total coincidência com os bancos de dados”.

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“Esta Câmara declara, com base na perícia realizada e no relatório elaborado por peritos nacionais e internacionais, de forma inquestionável, a validade do material eleitoral examinado e valida os resultados das eleições presidenciais”, declarou a presidente do tribunal.

Frustração crescente da oposição e da comunidade internacional

A decisão do TSJ decepcionou vários grupos, incluindo a oposição venezuelana e a comunidade internacional, que solicitavam mais transparência e a publicação das atas para uma checagem independente dos resultados.

A oposição, sob a liderança de Maria Corina Machado, argumenta que as atas demonstram uma vitória ampla do candidato Edmundo González contra Maduro.

Observação dos órgãos internacionais

Os representantes internacionais da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Centro Carter corroboraram as reivindicações da oposição. Eles confirmam que ocorreu fraude no resultado do CNE

Veja neste vídeo o veredito da presidente da Corte venezuelana sobre a reeleição de Nicolás Maduro: