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Situação no Rio é “clara ameaça à autoridade do Estado”, diz Cappelli

O secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, falou que a reação das milícias ao trabalho policial no Rio de Janeiro é “muito grave”. A declaração ocorre após a segunda-feira (23/10) de caos na capital, com 35 ônibus incendiados, desencadeado pelo assassinato do sobrinho de um miliciano.

“Situação muito grave, facções criminosas desafiando o Estado Democrático de Direito, é uma clara ameaça à autoridade do Estado, uma situação inaceitável”, disse Cappelli, número 2 do ministro Flávio Dino.

O secretário-executivo lembrou que a segurança pública no Rio foi reforçada com a ajuda da Polícia Federal, 300 agentes da Força Nacional e 86 viaturas. “Neste momento, apostamos no SUSP, o Sistema Único de Segurança Pública, e nas relações interfederativas. O estado [do Rio] tem seu papel, o policiamento ostensivo é responsabilidade do estado”, afirmou.

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, enviou seu número 2, Cappelli, ao Rio para averiguar a situação. Dino viajará a Assunção, no Paraguai, nos dias 26 e 27 de outubro para uma reunião com ministros da Justiça e um evento contra o crime organizado.

O secretário Nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, e o comandante da Força Nacional, coronel Alencar, reforçam a comitiva enviada pelo ministro.

Sobrinho de miliciano morto no Rio

Matheus da Silva Rezende, mais conhecido como “Faustão” ou “Teteu”, era sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o “Zinho”. Faustão morreu durante confronto com policiais na comunidade de Três Pontes, em Santa Cruz, também na zona oeste da cidade.

De acordo com apurações do Metrópoles com fontes de inteligência e com o histórico de investigações oficiais, Zinho lidera a milícia tem o apelido dele no nome, o Bonde do Zinho. A origem do grupo se deu após um processo que envolve a participação de familiares e trocas de comando em regiões dominadas pela milícia.

Ataques no Rio causam prejuízo milionário

Conforme o sindicato das empresas de ônibus da cidade do Rio de Janeiro, a Rio Ônibus, essa segunda foi o dia com maior número de veículos destruídos da história da capital. A entidade estima que o prejuízo do ataque aos coletivos possa chegar a R$ 35 milhões.

Na segunda, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), confirmou a prisão de 12 criminosos suspeitos de atear fogo nos ônibus. “Eles já estão presos por ações terroristas e, como terroristas, estarão sendo encaminhados para presídios federais”, explicou o governador.

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