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Segurança Pública, o Calcanhar de Aquiles de Eduardo Paes

Foto: Ricardo Almeida

Candidato à reeleição, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, parece ter lavado as mãos em relação à Segurança Pública, como se o município não tivesse nenhuma responsabilidade sobre a questão que aflige os brasileiros, especialmente os cariocas. No entanto, ele tem.

Não é apenas na Iluminação Pública, como alguns podem imaginar. Apesar que este é ainda um ponto fraco do Rio de Janeiro, a nova iluminação de Led até melhorou. Mas quantas ruas escuras e importantes nós passamos diariamente? Na Estrada do Gabinal, próximo ao Rio Shopping, onde fica a Subprefeitura de Jacarepaguá, é um breu, um risco aos trabalhadores e frequentadores do mall. É este é só um exemplo entre tantos.

A Guarda Municipal, que antes usava a excelente desculpa de que, devido a uma desastrada decisão de Crivella, o número de homens por dia diminuiu em um terço devido à escala. Hoje já não há mais essa escala e ainda assim não vemos guardas na rua.

A Desordem Urbana ainda impera nas ruas do Rio de Janeiro, talvez por culpa de Paes ter como secretário de Ordem Pública um delegado da Polícia Civil, que vê o camelô como um problema menor e mal se reúne com comerciantes e empresários. Se entendesse o risco econômico causado pela camelotagem, ou que neles está o fim de mercadorias roubadas e pirateadas talvez o prefeito entendesse a importância que tem um município na Segurança Pública.

O mesmo vale para a venda de cigarros contrabandeados, tanto em camelôs quanto nas bancas irregulares que dominam o cenário da cidade. Este é uma das maiores fontes de renda de milícia e tráfico, claro que a Guarda é a SEOP não devem entrar em regiões que podiam em risco a vida de se seus homens. Mas no asfalto? Não há razões para o contrário

E ainda há as vans, o ex-comandante do Bope, Rodrigo Pimentel, disse em entrevista que está é também outra importante fonte de renda da milícia. Ainda assim Paes age como se nada fosse, e não usa sua secretaria de Transportes para combater. Apesar de em seu primeiro mandato ter organizado elas.

A relação próxima entre seu governo e políticos ligados à milícia também começa a ficar incomoda para alguns aliados. Isso será difícil explicar, especialmente com as investigações da Polícia Federal avançando e, que se não estão preocupando o núcleo duro da campanha da reeleição de Paes, deveriam.

Não é por acaso que alguns de seus adversários na corrida para 2024, em especial Otoni de Paula, têm batido muito no tema da Segurança Pública. Oroni tem entrado no tema dia sim., outro também, e culpubalizando Paes pela situação da cidade. Com um certo exagero, mas que pode prejudicar a imagem do prefeito que procura se distanciar do tema, mas talvez, seja tarde demais.


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