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Segurança, ataques a Paes e polarização dão tom ao 1º debate no Rio

A segurança pública foi o tema predominante no debate entre candidatos à Prefeitura do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (8/8). O assunto foi um dos muitos usados para atacar o atual prefeito Eduardo Paes (PSD), que tenta a reeleição.

O embate foi promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão e reuniu também os postulantes ao Palácio da Cidade Alexandre Ramagem (PL), Marcelo Queiroz (PP), Rodrigo Amorim (União Brasil) e Tarcísio Motta (Psol). O critério para participação no debate foi que o partido, coligação ou federação de cada candidato tivesse ao menos cinco parlamentares no Congresso Nacional.

No primeiro bloco, Motta se apresentou como professor, filho de operário e se colocou como opção entre a reeleição de Paes e a “extrema direita”, em referência a Ramagem.

Na sequência, Amorim disse prestar “continência” ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro e se apresentou como um candidato conservador e de oposição à esquerda. Já o atual prefeito Eduardo Paes usou o tempo para enumerar realizações do mandato dele e afirmou ainda que recebeu a prefeitura em uma situação ruim.

Marcelo Queiroz tentou se colocar como uma opção diferente entre Ramagem e Paes, e fez uma defesa da saúde pública. Já Ramagem levantou a bandeira da segurança pública e ressaltou o apoio da família Bolsonaro à candidatura dele. Também não poupou críticas à atual gestão.

Paes foi o principal alvo de Ramagem e Motta. Os dois levantaram a questão da segurança pública e responsabilizaram o atual prefeito por altos índices de criminalidade. Paes se defendeu, disse que o problema não se restringia à cidade do Rio, mas também à toda região metropolitana.

Marcelo Queiroz abordou o tema educação, também fez críticas a Paes e disse ter concluído serviços que estariam “abandonados” na atual gestão. Motta defendeu obras patrocinadas pelo governo federal e fez uma espécie de dobradinha com Queiroz. Ambos convergiram em muitos temas.

No segundo bloco, jornalistas fizeram perguntas diretas a candidatos. Motta lembrou a vacinação contra a Covid e disse que o governo Bolsonaro tinha negligenciado a questão. O argumento foi usado para atacar Ramagem, que se defendeu exaltando o governo do ex-presidente.

O candidato do PL usou a pergunta a que tinha direito para debater com Paes. Eles divergiram sobre o tema educação. O atual prefeito do Rio usou o tempo de pergunta para tratar de mobilidade e tentar convencer Queiroz de que entregou soluções para o tema. O opositor indagou se Paes, caso reeleito, cumpriria os quatro anos de mandato ou iria disputar o governo do Rio. O prefeito disse que sim.

Ataques e violência urbana

Amorim e Queiroz fizeram uma conversa morna na qual apontaram supostas falhas da atual gestão. Ambos protagonizaram um momento de ataque direto. O primeiro disse: “Você é tão chato que até o Marcelo Freixo não te aguentou e foi embora”. Motta respondeu: “Nem na época que eu estava na Câmara de Vereadores, que tinha que ouvir o Carlos Bolsonaro falando, eu fico ouvindo tanta besteira.”

No terceiro e último bloco, Ramagem falou do medo da violência e destacou a importância de mudar a gestão. Queiroz disse ser importante retomar algumas políticas públicas e “pensar” o Rio do futuro.

Eduardo Paes voltou a dizer que arrumou “a casa” e que tem cumprido compromissos, mas que ainda “falta muito”. Amorim, por sua vez, disse que vai priorizar a segurança pública. Motta falou diretamente aos apoiadores, afirmando que pretende derrotar o ódio, a mentira e a violência.

Também concorrem ao Palácio da Cidade os candidatos Carol Sponza (Novo), Cyro Garcia (PSTU), Henrique Simonard (PCO) e Juliete Pantoja (UP). O apresentador do debate afirmou que eles terão oportunidade de se comunicar com os eleitores cariocas por meio de entrevistas no “Jornal do Rio”.

Calendário

Nesta quinta-feira (8/8), candidatos a prefeitos de 19 cidades brasileiras, entre elas 13 capitais, participam do primeiro debate organizado pela Band.

Neste momento, nem todos os candidatos estão registrados, pois o calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concede prazo de até o próximo dia 15. No entanto, a etapa das convenções partidárias, federações ou coligações para deliberar sobre a escolha de candidatos já teve prazo expirado na última segunda-feira (5/8).

Conforme o calendário do TSE, o primeiro turno das eleições está marcado para o próximo dia 6 de outubro, um domingo. Os municípios com 200 mil habitantes ou mais podem ter segundo turno caso nenhum dos postulantes ao cargo consiga maioria absoluta dos votos válidos. O segundo turno está marcado para o dia 27 de outubro, também no domingo.

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