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RJ: 28 agentes da PRF estiveram em hospital que atendeu menina baleada

“No dia do evento se dirigiram ao hospital Adão Pereira Nunes 28 policiais, os quais, segundo palavras da própria testemunha, ficaram vasculhando e ‘mexendo’ no carro [onde Heloísa estava] durante certo tempo”, escreveu o procurador da República Eduardo Benones.

“Inclusive [a tia] relatou que um dos policiais, que não participou do ocorrido, apontou-lhe um projétil e disse que aquele projétil atingiu o veículo deles, numa tentativa inequívoca de intimidar a testemunha e incutir nela a versão sustentada pelos policiais. Isto tudo ocorreu no ambiente hospitalar, quando a vítima Heloísa recebia atendimento médico-cirúrgico”, descreveu.

Benones representou pela prisão de Fabiano Menacho Ferreira – que admitiu ter feito os disparos –, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva. O pedido foi realizado na noite de sexta-feira (15/9), antes de Heloísa morrer.

“Fatos como os acima narrados causaram um abalo psicológico concreto nas vítimas, as quais, obtempere-se, já estavam e estão fragilizadas por terem passado pela traumática experiência de terem o carro cravejado de tiros e um familiar de apenas 3 anos de idade lesionado por tiros de fuzil. Claro está que a testemunha foi intimidada como forma de manipular a investigação e que continuará a sê-lo caso não haja intervenção judicial”, pediu o procurador.

Benones também pediu à Justiça uma nova perícia no fuzil apreendido e no carro onde Heloísa estava.

Presença no hospital

Dos 28 PRFs que estiveram no hospital, um deles conseguiu entrar na emergência pediátrica do Hospital Adão Pereira Nunes enquanto Heloísa era atendida – “razão há para se temer, inclusive pela integridade física da vítima”, destacou Benones.

“O policial rodoviário federal Newton Agripino de Oliveira Filho, conforme amplamente divulgado nos veículos de mídia nacional, ingressou sem autorização nas dependências do CTI do Hospital em questão. De mais a mais, este policial assediou o pai de Heloísa, buscando estabelecer conexões sem que isto fizesse parte de qualquer estratégia de ajuda institucional”, detalhou.

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