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Rio: em 3 anos, demolições de construções irregulares chegam a 3 mil

Depois de derrubar uma construção irregular nesta quinta-feira (19/10) na Estrada do Itanhangá, na Muzema, zona oeste do Rio de Janeiro, a Secretaria de Ordem Pública (Seop), da Prefeitura do Rio, chegou a três mil demolições em quase três anos, desde 2021, destas 70% estavam em uma área com forte atuação do crime organizado.

Segundo a Seop, as intervenções causaram um prejuízo de mais de R$ 405 milhões aos cofres dos responsáveis.

A pasta informou que um prédio na Muzema “foi erguido sem nenhuma licença ou autorização da prefeitura e as unidades do térreo seriam utilizadas como comércio”. Ainda de acordo com a Seop, o responsável técnico da obra tem passagens na delegacia por crime ambiental com resíduos sólidos e estelionato.

Veja a demolição da construção no Rio:

 

Pela estrutura atual da construção, segundo engenheiros da Prefeitura do Rio, os responsáveis pretendiam construir novos pavimentos do prédio. De acordo com a pasta, a obra havia sido notificada e embargada, contudo, devido ao “total desrespeito à determinação de paralisação as construções foram, no entanto, aceleradas”.

“Estamos mais uma vez em uma operação aqui na Muzema, uma região que, infelizmente, já sofreu com alguns desabamentos de construções irregulares e que é um dos berços da milícia. Importante destacar que chegamos na fase inicial dessa obra, impedindo que subissem ainda mais e causasse um transtorno ainda maior”, explica o secretário de Ordem Pública Brenno Carnevale.

Rio: avaliada em R$ 2,5 mi, mansão do tráfico é demolida na Rocinha

Em setembro, uma mansão localizada na Rocinha, zona sul do Rio, foi demolida durante operação da Seop em conjunto com o Ministério Público. A construção irregular e sem autorização seria usada por chefes do tráfico da comunidade.

A mansão de três andares e uma cobertura tinha vista privilegiada para a praia de São Conrado. Engenheiros da Prefeitura do Rio estimam que já foram investidos R$ 2,5 milhões na construção, de área em torno de 600 m², sendo 100 m² só de terraço descoberto.

Zona oeste é maior alvo de demolições de construções irregulares

Conforme a pasta, a região com maior alvo de ações é a zona oeste (54,23% dos casos), onde o bairro do Recreio dos Bandeirantes é o recordista, com 420 demolições.

“Seguiremos atuando com o foco na preservação de vidas, no ordenamento da cidade e, no que cabe à Prefeitura, auxiliando na segurança pública, fazendo a asfixia financeira do crime organizado, uma vez que o mercado imobiliário é uma das principais fontes de renda e lavagem de dinheiro desses grupos criminosos”, reforça Carnevale.

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