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Quem era Rosa Magalhães, carnavalesca que morreu aos 77 anos

O mundo do samba está de luto. A morte da carnavalesca Rosa Magalhães, aos 77 anos, na noite desta quinta-feira (25/7), pegou muita gente de surpresa. De acordo com o RJTV, ela foi vítima de um infarto e foi encontrada em casa, em Copacabana.

Formada em artes plásticas, com três graduações — cenografia, indumentária e pintura —, ela é a maior campeã do Carnaval carioca, com sete títulos pelas escolas de samba Imperatriz Leopoldinense, Unidos de Vila Isabel e Império Serrano.

Ao todo, foram mais de 50 anos e foi muito respeitada por colegas, público e crítica. Ela começou a trabalhar na área em 1970, no Salgueiro, como assistente. Seu primeiro título veio en 1982 com a Império Serrano. Somente na Imperatriz, foram 5 títulos: 94, 95, 99, 2000 e 2001.

No ano passado, Rosa Guimarães, que é conhecida no mundo do samba como “professora”, assinou o desfile do Paraíso do Tuiutí, mas a escola ficou com o oitavo lugar. Este ano ela ficou de fora da Festa do Momo. O último título da carnavalesca foi em 2013, pela Vila Isabel.

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Rosa Magalhães

Fernando Tribiño/Divulgação

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Sambódromo Marquês de Sapucaí

Reprodução

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Sambódromo recebe iluminação especial e ficará durante todo o período do carnaval carioca

Aline Massuca/Metrópoles

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Iluminação no Sambódromo do Rio presta homenagem a vítimas da Covid-19

Aline Massuca/Metrópoles

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Carnaval de 2022 do Rio de Janeiro está programado.

Divulgação

Além de carnavalesca, ela foi foi professora, cenógrafa e figurinista. Foi responsável pela cenografia de espetáculos como a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio, em 2016. Entre seus prêmios também está um Emmy de melhor figurino, de 2007, pelo trabalho nos Jogos Panamericanos do Rio.

“Carnaval é uma cachaça. Mas daquela bem boa, lá de Paraty”, disse Rosa Magalhães em um de suas frases mais lembradas.

Nas redes sociais, algumas agremiações resolveram prestar a última homenagem: “Não é só o samba que perde uma grande ícone do Carnaval, a cultura brasileira perde uma grande expoente. Em 1974, Brasil ano 2000, tivemos a honra de ter a Rosa em nosso solo. Deixará saudades. Vá em paz professora! 🖤”, desejou a Beija-Flor. “O samba se despede de uma de suas maiores artistas. É com imenso pesar que a Grande Rio se despede da carnavalesca Rosa Magalhães. Seu legado é marca fincada na história do nosso o Carnaval. Descanse em paz, eterna professora”, afirmou a Grande Rio. “Com tristeza, o Império Serrano recebeu a notícia do falecimento da carnavalesco Rosa Magalhães, aos 77 anos, nesta noite. No Império, Rosa foi campeã com histórico Bum Bum Paticumbum Prugurundum, em 1982, ao lado de Lícia Lacerda, e desenvolveu o enredo João das Ruas do Rio, em 2010. Fica aqui a nossa gratidão por tudo que você, Rosa, fez pelo Carnaval, pela contribuição na nossa história e à arte. Seja luz! Obrigado por tudo!”, agradeceu a Império Serrano.

Até o fechamento desta matéria, ainda não havia informações sobre velório e sepultamento.

Vida contada no Festival de Vassouras

A carnavalesca Rosa Magalhães fez desfiles memoráveis no Carnaval carioca. Sete vezes campeã na Marquês de Sapucaí – a maior vencedora da era sambódromo – ela teve sua trajetória documentada no filme Rosa: A Narradora de Outros Brasis. A professora, como é conhecida no mundo do samba, falou sobre seus desfiles e sua carreira no teatro e na TV no documentário dirigido por Valmir Moratelli e Libário Nogueira.

O longa teve sua primeira exibição no Festival de Cinema de Vassouras, em junho do ano passado. Além de falar sobre carnaval, o filme também aborda assuntos como machismo e etarismo.

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