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Queerioca: o melhor da programação cultural no Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, 28 de junho

O Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+, em 28 de junho, está chegando! É quando o mundo é convocado a refletir sobre as (r)existências dos corpos dissidentes em meio a realidades tão violentas e sobre o respeito à diversidade da comunidade. Para festejar a data queer mais emblemática e colorida do ano, em que é celebrado e reivindicado o direito de ser orgulhosamente o que se é, o Queerioca montou uma programação especial com teatro, música, seu primeiro baile de vogue, performance, e uma bela novidade!

O dia começa com a estreia do podcast Queerioca, com episódios que irão ao ar às sextas-feiras, às 15h, em todas as plataformas digitais. Realizado em parceria com a Ubook, o programa terá roteiros e locução da atriz, gestora do espaço e ativista Cristina Flores. Ela conduzirá uma série de entrevistas com personagens queer dos mais diversos, entre artistas, pesquisadores e profissionais que colaboram para a construção do nosso espaço: vidas ordinariamente extraordinárias, com muito orgulho!

No episódio de estreia, a entrevistada é a travesti e ativista Angeliq Farnocchia, multi-instrumentista que desde a inauguração do Queerioca se apresenta semanalmente com dois trabalhos, a banda Futura e o show “A Voz de Uma Pessoa Vitoriosa”. Os episódios seguintes trazem conversas com a travesti Nayara Danielly, o coletivo Mães Pela Diversidade, a musicista Eliza Rosa e as histórias de um grupo de refugiados LGBT, todes ligados ao Queerioca.

A primeira atração do dia será a penúltima apresentação da peça “Todos os homens do mundo”, monólogo concebido, dirigido e interpretado por Cristina Flores, que teve a temporada prorrogada a pedido do público.

Em seguida, acontece o show de Gigante César, multiartista LGBT+ do sertão pernambucano. No melhor estilo Bregay ou Brega Queer, ele é conhecido na cena musical nacional pela mistura de ritmos como tecnobrega e samba de coco, e por suas apresentações repletas de coreografias, encenações e poesias.

Logo depois, inspirada na cena queer de Nova York nos anos 70 e 80, a festa da diversidade promove a estreia do primeiro baile de vogue do Queerioca, que recebe a internacionalmente conhecida House of Juicy para realizar o Ball do Orgulho Travesti, o único do qual temos notícia na cidade nesta data tão simbólica. Com todo o brilho e glamour a que se tem direito, a competição de dança e figurinos, com sete categorias e prêmios, é coordenada pela travesti, ativista e musicista Angeliq Farnocchia. O objetivo é celebrar as pessoas trans, em especial as travestis, que há 55 anos foram as pioneiras da luta contra a LGBTQfobia.

A noite, inesquecível, contará também com o show da Banda Futura, da qual Angeliq faz parte e que já se apresenta regularmente na casa, em formato duo, mas, que desta vez, irá reunir sua formação completa: sete travestis multi-instrumentistas. Nesta ocasião elas finalmente conseguirão fazer a primeira apresentação todas juntas, num encontro ao vivo imperdível.

E para fechar os trabalhos abrindo os caminhos para nossa comunidade, o mestre em Ciências Sociais e professor de Educação, Rodrigo Pedro Casteleira, apresenta Linhas de Exú, uma performance na qual traz para a cena urbana os enredamentos de figuras negras míticas, como a de Exú, o Orixá da ordem, do movimento, da comunicação e da fecundação, considerado o primórdio da criação suprema.

Mais sobre o Queerioca
Centro de referência de arte e cultura LGBTQIAPN+ recém-inaugurado no Centro do Rio de Janeiro, o Queerioca conta com uma curadoria residente multidisciplinar, que organiza as atrações fixas e flexíveis, gratuitas e pagas. Os parceiros que formam esse grupo são o artista plástico Daniel Toledo, a Livraria Pulsa, focada em destacar a autoria de obras LGBTQIAPN+, o produtor e diretor de cinema Gabriel Bortolini e a DJ Marta Supernova.

O Queerioca faz parte do projeto de revitalização da região promovido pela Prefeitura do Rio de Janeiro a partir do edital Reviver Cultural, que busca viabilizar novos empreendimentos no Centro da cidade. A iniciativa tem apoio da Junta Arquitetura, da AbraCasa, e da cervejaria Heineken.

Programação do Queerioca no Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ I 28 de junho

28/06 I Sexta-feira I 12h [Plataformas digitais]
Lançamento do podcast Queerioca

??O Queerioca, o centro de cultura e arte LGBTQIAPN+ que ocupa um casarão centenário no Arco do Teles, local histórico do Centro do Rio de Janeiro, começa a ir além do espaço físico que ocupa, e começa a dar também seus primeiros passos digitais com o lançamento do seu podcast, produzido em parceria com a UBook, em todas as plataformas.

Nascido a partir da iniciativa Reviver Cultural, da Prefeitura do Rio, o Queerioca é um projeto multimídia que está sendo realizado em plena revitalização do Centro antigo do Rio: um lugar devastado pela realidade da cidade nos últimos anos. Com muitas portas sendo fechadas, o Queerioca finca pé ao lado das que estão sendo abertas.

“Portas e janelas para um futuro diverso, com nomes e diretos. Organizado entre desejos e esperanças. Tendo e sendo voz, veículo, meio por onde informações e histórias circulem e se encontrem. É nessa toada que criamos o podcast do espaço”, explica a atriz e ativista Cristina Flores, gestora do Queerioca ao lado da também atriz, professora e produtora Laura Castro. O roteiro e a locução ficam a cargo de Cristina, que conduzirá entrevistas com artistas, arquitetos, mestre de obras, pesquisadores e profissionais dos mais diversos.

Cada episódio irá ao ar nas sexta-feiras, às 15h, na plataforma da Ubook, e na semana seguinte fica disponível nas demais tocadoras digitais. O podcast Queerioca dará voz a um coletivo de pessoas ligadas ao centro cultural. Todes queer, e que formam, de diferentes maneiras, a rede de colaboradores que fazem parte da construção desse lugar de arte e convivências: vidas queer ordinariamente extraordinárias em suas criações, resistências, realizações, superações e muito orgulho!

No episódio de estreia a entrevistada é a travesti e ativista Angeliq Farnocchia multi-instrumentista que desde a inauguração do Queerioca se apresenta semanalmente com dois trabalhos, a banda Futura e show “A Voz de Uma Pessoa Vitoriosa”. Os episódios seguintes trazem conversas com a travesti Nayara Danielly, o coletivo Mães Pela Diversidade, a musicista Eliza Rosa e as histórias de um grupo de refugiados LGBT.

28/06 I sexta-feira I 18h [Teatro]
Peça “Todos os homens do mundo”, de Cristina Flores
SEXTAS E SÁBADOS I Valor R$ 40,00 (pix ou cartão de débito) I capacidade: 50 pessoas

Prorrogada devido ao sucesso de público, Cristina Flores apresenta “Todos os homens do mundo”, um monólogo concebido e dirigido pro ela própria, no qual emula uma espécie de Tik Tok adulto para apresentar uma ficção científica feminista distópica que se passa em 2228, quando todos os homens cis do planeta morreram. Nesta peça a atriz, indicada três vezes ao Prêmio Shell, dubla as vozes de Mariana Lima, Camila Pitanga, Titane, Maria de Medeiros, Barbara Santos, Ishtar Yazin, Laura Castro e Bianca Ramoneda.

Ficha Técnica:
Dramaturgia, atuação e direção: Cristina Flores.
Vozes de Mariana Lima, Camila Pitanga, Titane,Maria de Medeiros, Bárbara Santos, Ishtar Yasin, Laura Castro e Bianca Ramoneda.
Trilha Sonora: Raif Emerich
Figurino: Ticiana Passos
Luz: Bruno Primo de Melo
Video: João Marcelo Iglesias
Produção: Kellys Kelfis

28/06 I sexta-feira I 19h [Show]
Show Gigante César

GIGANTE CÉSAR multiartista do sertão pernambucano da cidade de Arcoverde, é conhecido na cena musical nacional há mais de uma década como artista nordestino LGBTQIA+ que reforça o termo ‘Bregay” e Brega Queer. Os singles e clipes do cantor podem ser encontrados nas principais plataformas digitais. “Língua Lôka” seu trabalho mais recente conta a participação da cantora Maria Alcina. Além disso, Gigante é carnavalesco fundador dos blocos “Bunytos de Corpo” e “Viemos do Egyto”, que revolucionaram a cena no carnaval alternativo no eixo Rio-São Paulo.

NO PALCO com bases pré gravadas, Gigante apresenta uma miscelânia de ritmos, um show com coreografias, encenações e poesia, que vai do tecnobrega ao samba de coco, trazendo influências da cultura popular da sua região. Suas canções autorais passeiam por temáticas cotidianas e sentimentais, sempre munidas de uma poesia ácida e irônica, por vezes escrachada.

28/06 I sexta-feira I 21h [Baile]
Ball do Orgulho Travesti

Criada por travestis em meio à cena drag do mais profundo underground dos clubes noturnos do Harlem, o célebre bairro negro de NY, nos anos 70 e 80, a dança vogue é caracterizada por movimentos exageradamente femininos, misturando elementos do ballet, do jazz e da dança moderna. Representados por suas casas de acolhimento, as “houses of”, e desafiando quem perfomava melhor a dança entre seus pares, os Balls Of Vogue talvez sejam uma das mais genuínas e, seguramente, deslumbrantes expressões da cultura queer em todos os tempos.

Mais do que uma competição de dança e figurinos, os balls eram momentos de encontro, brilho e festa das pessoas trans e travestis negrxs, latinxs e periféricxs, muito estigmatizadas naquela época, e que virou um movimento de afirmação de suas identidades e de gêneros e sexualidades. Popularizada por Madonna, com o clipe da música “Vogue”, nos anos 90, a dança (e as competições) passaram a ser replicados mundialmente pela comunidade LGBT de todo o planeta, e voltaram a ganhar força no Rio de Janeiro nos últimos anos.

Agora a internacionalmente conhecida House of Juicy promove em grande estilo o Ball do Orgulho Travesti para celebrar as pessoas trans, em especial as travestis, que há 55 anos atrás foram as pioneiras da luta contra a LGBTQfobia. Será apenas o primeiro dos muitos bailes de vogue que serão realizados no espaço do subsolo do Queerioca.

Coordenadas pela travesti, ativista e musicista Angeliq Farnocchia, a competição do Ball é dividida em sete categorias: Runway, Baby vogue, Old vs new, Hands Performance, Dress code livre, Face, TRAVESTI Lapa Realness, Vogue Femme, das quais cada uma das três últimas concorrem a prêmio de R$100.

As juradas serão Legendary Overall Princess Wallandra Cazul, Statement Mother Idra Mamba Negra e Statement Mother Diameyka Odara, com as participações da Chanter (ou MC, a figura responsável por apresentar, conceituar e animar as performances) Gabrielle Labella Mafia, e da DJ Star Pambelli 007.

A noite contará, ainda, com um show da Banda Futura, da qual Angeliq faz parte, e que já se apresenta regularmente na casa todas as semanas, em formato duo, mas na verdade é formada por sete travestis instrumentistas. Nesta ocasião elas finalmente conseguirão fazer a primeira apresentação todas juntas. Certamente um dia de festa inesquecível, que entrará para a história do espaço.

Em tempo, a House Of Juicy, nasceu em 2009, em Nova York, nos Estados Unidos, pela ICON Founding Mother Courtney Juicy. Ela criou a House com objetivo de ser um ponto de encontro e acolhimento da cena, e em 2013 ganhou sua primeira representação internacional na França com a ICON Founding European Mother Lasseindra Juicy. Hoje a House of Juicy tem representações em toda a Europa, Rússia, Austrália, USA, Taiwan, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica e Argentina.

28/06 I sexta-feira I 23h [Performance]
“Performance de Exu”, por Rodrigo Pedro Casteleira

A performance consiste em um convite para experienciar as provocações propostas pelos bilhetes à frente do performer que, sentado e sem nada dizer, apenas espera que as pessoas possam aceitar o convite em colaborar com a ação, e execute a seu modo o que cada comando indica. Linhas de Exú intenta colocar na centralidade urbana os enredamentos (im)possíves de figuras negras míticas, como a de Exú, ao mesmo tempo em que brinca com as pessoas participantes.

Formado em filosofia, mestre em Ciências Sociais, doutor em Educação, Pedro é professor universitário da Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR), campus Vilhena, no Departamento Acadêmico de Ciências da Educação. Performer, artivista e pesquisador na área da negritude, afetos, decolonialidade, nudez e existências nos/pelos espaços.

Exposição DiferEntre [Mostra Permanente]
Gratuito

Mostra coletiva com obras de 32 artistas contemporâneos cariocas ou residentes no Rio. Fotografias, pinturas, esculturas e instalações de nomes como André de Castro, Dyó Rastros de Diógenes, Gabriela Marinho, Juca, Marcela Cantuária, Marcos Chaves, Matheus Rocha Pitta, Monica Ramalho, OPAVIVARÁ, entre outros, sob curadoria de Dany Toledo.

Serviço:
QueeRIOca: Travessa do Comércio, n.16 (Arco do Teles), Centro, Rio de Janeiro
Capacidade: 200 lugares
Horário de funcionamento:
Quarta a sexta: das 16h à meia-noite
Sábado: das 11h à meia-noite
E-mail para contato: queerioca@queerioca.com
Instagram: @queerioca
Site: www.queerioca.com

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