PSOL pede novas explicações de Delgatti após hacker falar de encontro com militares
O PSOL protocolou dois requerimentos na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara após o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti Neto, afirmar, na CPI do 8 de Janeiro, que esteve no Ministério da Defesa para debater a segurança das urnas.
Após as afirmações, Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bonfim (SP) e Glauber Braga (RJ), todos do PSOL, solicitaram, na noite desta quinta-feira (17), que Delgatti seja novamente ouvido, agora na comissão relacionada à defesa nacional.
O grupo também pede que o Ministério da Defesa informe quais servidores da pasta estiveram com Delgatti entre 2019 e 2022 e quais providências serão tomadas após as novas afirmações do hacker.
Delgatti disse à CPI que, a pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), participou de reuniões com a cúpula das Forças Armadas.
Ele disse que esteve cinco vezes no Ministério da Defesa e que chegou a se reunir com o ex-ministro Paulo Sérgio Nogueira. Afirmou ainda que colaborou com o relatório apresentado em novembro pela pasta sobre as eleições.
Delgatti disse que manteve contato com a “cúpula de TI” das Forças Armadas, e que os técnicos usavam nomes fictícios para se comunicar, como “carro” e “caminhão”.
O programador disse que falou por mensagens de celular com com o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército.
“Tais declarações, caso confirmadas, demonstram uma inadmissível participação de servidores do Ministério da Defesa em um verdadeiro conluio para semear a desconfiança na população sobre o sistema eletrônico de votação e, consequentemente, abrir caminho para o questionamento do resultado eleitoral, algo realizado sistematicamente pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante todo o seu governo”, dizem os parlamentares, no requerimento.
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