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Prefeitura do Rio usa “Índice Frango de TV” para medir desigualdade

Em 1986, a revista britânica The Economist criou o Índice Big Mac para comparar o poder de compra das pessoas em diversos países pelo mundo. A prefeitura do Rio resolveu fazer algo semelhante para medir a desigualdade nos bairros da capital fluminense. Ela criou o “Índice Frangão Carioca”, ou ainda, o “Índice Frango de TV”.

O indicador funciona a partir de uma lógica simples. Parte do registro do preço médio do frango assado em 190 estabelecimentos de 161 bairros da cidade. Esses dados são cruzados com a renda média das pessoas em cada um desses locais. A partir daí, estima-se quanto os moradores comprometem de sua renda para consumir a iguaria.

Em sua segunda edição, o levantamento constatou que a aquisição do frangão consome 13,39% da renda de um morador do Jacarezinho, na zona norte. No Joá, na zona oeste, essa cota cai para 0,57% do rendimento.

De acordo com a pesquisa, depois do Jacarezinho, surgem no topo dos bairros com menor poder de compra Vargem Pequena (comprometimento de 12,08% da renda), Rocinha (11,71%), Costa Barros (10,95%), Barros Filho (10,25%) e Complexo do Alemão (9,72%).

Na outra ponta da avaliação, com menor pressão sobre a renda, aparecem, depois do Joá, bairros como Lagoa (0,73%), Barra da Tijuca (0,75%), Ipanema (0,79%), Jardim Botânico (0,83%) e Gávea (0,89%).

Os responsáveis pela criação do índice dizem que o frangão está disseminado pelo Rio, podendo ser encontrado em todas as regiões. Daí a justificativa para usar o bicho assado como referência. No caso da opção pelo Big Mac, feita pela Economist, porém, havia uma sutileza a mais. O sanduíche é preparado da mesma forma e com os mesmos ingredientes em todos os países, o que cria uma padronização dfícil de ser replicada.

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