NotíciasPolítica

Prefeito interino de SP criou dia de pular corda e mês da faixa preta

Prefeito em exercício de São Paulo desde a tarde de segunda-feira (13), Atílio Francisco (Republicanos) concentrou parte significativa de sua atuação legislativa como vereador em apresentar projetos de lei que propõem novas datas e eventos para o calendário municipal.

Atualmente com 69 anos, o vereador ocupa seu sexto mandato. Ele é bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus.

Entre os projetos apresentados pelo vereador, tornaram-se leis o Dia de Pular Corda, a ser comemorado anualmente no último sábado de abril, o Mês Julho da Faixa Preta, em que devem ser celebradas e divulgadas as artes marciais, o Dia do MMA (16 de junho) e o Dia de Esclarecimento sobre os Malefícios do Trote Telefônico Aos Serviços Públicos de Emergência (22 de maio).

Ele também promoveu a inclusão no calendário municipal da Semana de Reflexão Sobre Questões Raciais, realizada anualmente na primeira semana de dezembro, e a instituição de palestras em escolas da rede municipal sobre a importância da doação de órgãos.

Projetos de repercussão mais ampla apresentados por Atílio foram vetados pelos prefeitos. Foi o que aconteceu com o texto que proibia que motociclistas entrassem em estabelecimentos públicos ou privados usando capacete, vetado pelo então prefeito Gilberto Kassab em 2010.

O mesmo se deu com o projeto que criaria um programa municipal de transporte de pessoas em tratamento de saúde, vetado pelo atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) em 2021, que entendeu que o serviço já é prestado por Samu e Atende.

Ao longo de sua trajetória de 23 anos na Casa, Francisco assinou conjuntamente projetos de ampla repercussão, mas que não foram idealizados por ele. São projetos firmados por dezenas de vereadores, que então são considerados coautores.

É o caso, por exemplo, do projeto de lei 2021 que deu o nome de Bruno Covas (PSDB) ao parque Augusta, no centro da capital, assinado por 37 vereadores.

Francisco teve atuação mais destacada na Câmara como relator do Orçamento, no período de 2018 a 2021.

Ele deverá ocupar o cargo até sexta-feira (17), data de encerramento de evento do qual o prefeito Ricardo Nunes participa na Cidade do Vaticano, na Itália. Ele viajou na segunda-feira (13).

Como mostrou o Painel, o presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), disse que ainda postula a vice de Nunes na eleição e, por isso, não poderia assumir a prefeitura na ausência do prefeito.

A Constituição determina que Presidente, governadores e prefeitos devem renunciar aos seus mandatos até seis meses antes do pleito para concorrerem a outros cargos. Por essa lógica, se Leite assumisse a Prefeitura de São Paulo, não poderia mais ser vice de Nunes em 2024.

Leite licenciou-se do cargo, assim como o vice-presidente da Câmara, João Jorge (MDB), que é pré-candidato à reeleição para vereador.

Com isso, Atílio Francisco, segundo vice-presidente, assumiu interinamente a gestão da cidade, e Alessandro Guedes (PT), primeiro secretário, a Câmara Municipal.


LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

source

Compartilhe:
WP Twitter Auto Publish Powered By : XYZScripts.com