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17/04/2023
O vírus da dengue é um problema de saúde pública, no Brasil, agravado nos dias quentes e úmidos do verão. A dengue é uma doença infecciosa febril grave causada por um arbovírus. É transmitida por meio de picadas do mosquito Aedes aegypti.
Existem quatro tipos de dengue, mas você só pode se infectar até quatro vezes, porque o corpo desenvolve imunidade contra os sorotipos aos quais você se infecta. Se contrair um segundo ou, infelizmente, um terceiro episódio de dengue, corre o risco de desenvolver formas mais graves da doença, como a dengue hemorrágica e a síndrome do choque da dengue. Ambas as complicações podem ser fatais.
Atualmente, há apenas uma vacina contra a dengue registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), mas ela só está disponível nas redes privadas. Requer três doses por ano e só é eficaz em pessoas que já tiveram pelo menos uma forma de dengue.
Sintomas, tratamento e prevenção
Os principais sintomas da doença são: febre alta, dores no corpo, dor ao mexer os olhos, perda de apetite, náuseas, vómitos, mal-estar e manchas vermelhas no corpo. Não existe um tratamento específico para a doença, apenas se trata os sintomas e, geralmente, ela se cura de forma espontânea. Os sintomas duram por, aproximadamente, 10 dias, mas a dor e o desconforto podem durar semanas. As infecções por dengue podem ser assintomáticas, leves ou graves e podem ser fatais.
As formas de tratamento incluem:
fazer repouso, beber bastante água. A hidratação pode ser administrada por via oral (ingestão de líquidos pela boca) ou intravenosa (por exemplo, usando soro). A melhor forma de prevenir a dengue é prevenir a proliferação do Aedes aegypti e eliminar os seus criadouros.
É importante consultar seu médico para tratamento adequado. Não tome medicamentos por conta própria. O diagnóstico é feito por exame de sangue ou sorologia para infecção por dengue
A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, comumente conhecido como mosquito da dengue, infectado com o vírus, também responsável pela transmissão do Zika vírus e pelo que causa febre Chikungunya. Eles não são contagiosos. Isso significa que não pode ser transmitido de pessoa para pessoa. A dengue é transmitida apenas por meio da picada de um mosquito infectado.
O vírus também pode ser transmitido de humanos para mosquitos. Isso ocorre quando o Aedes aegypti pica uma pessoa com dengue, adquire o vírus e pode transmiti-lo a outras pessoas. É verdade que os mosquitos podem ser infectados pela picada de uma pessoa doente, mas o processo não é tão rápido. Quando uma pessoa doente é picada, o vírus fica no estômago do mosquito e ainda não o infecta. Leva de 10 a 12 dias para que as partículas virais transmitam um mosquito ou transmitam o vírus da dengue para outra pessoa.
Apenas mosquitos fêmeas podem transmitir o vírus. É importante lembrar que nem todo Aedes aegypti transmite dengue, porque nem todo mosquito tem o vírus. Para que uma doença seja transmitida, o vetor deve ser infeccioso e contagioso.
Segundo o site da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), quando um Aedes aegypti pica uma pessoa infectada, inicia-se o ciclo da dengue. O vírus se multiplica no intestino do vetor, infecta outros tecidos e finalmente atinge as glândulas salivares. Uma vez infectados, os mosquitos podem transmitir o vírus por toda a vida.
Criadouros e ciclo de vida
Segundo João Carlos de Oliveira, Doutor em Geografia e Professor do Curso Técnico em Segurança Ambiental e Ocupacional da Escola Técnica de Higiene (ESTES), um criadouro é um local onde é permitido o escoamento de água estagnada por um período de tempo (geralmente, 7 dias ou mais) onde se acumula. Após a desova pela fêmea, os ovos viáveis ​​eclodem em larvas, depois em pupas e, finalmente, em mosquitos adultos. No geral, as fêmeas do Aedes aegypti podem colocar até 3.000 ovos durante o ciclo reprodutivo, portanto, deve-se prestar atenção ao local onde a água limpa ou suja se acumula.
E, segundo Oliveira, existem dois grupos principais de criadouros.
Existem aqueles criados pela própria natureza, como folhas em forma de “conchas”, bromélias, troncos de árvores, etc. Por outro lado, existem os criados pelo próprio homem, como pneus, latas, copos descartáveis, tampas de garrafas plásticas, sacolas plásticas, cascas de ovos, calhas, garrafas sem tampas e com bocas voltadas para cima.
Não deixe que os criadouros acumulem água:
lave diariamente reservatórios para animais e elimine os criadouros de forma regular (resíduos sanitários ou associações de catadores para coleta seletiva solidária).
Dengue durante a pandemia
A dengue é caracterizada como uma doença potencialmente endêmica, o que significa que os surtos ocorrem em várias áreas. Uma pandemia é o pior cenário. Ocorre quando uma epidemia se espalha para diferentes regiões do globo. É o caso do novo coronavírus. O grande problema é que a dengue e o coronavírus apresentam sintomas muito parecidos, como febre, dores musculares (dores musculares) e cansaço. “O impacto na economia e na saúde (saúde coletiva/pública) da população é enorme, afetando jornadas de trabalho, faltas escolares, sobrecarga do sistema de saúde e risco de morte”, afirma Oliveira (ESTES).
O Brasil teve um aumento de 488% nos casos de 2018 a 2019, segundo o Ministério da Saúde. Para Oliveira (ESTES), a pandemia ofuscou o vírus da dengue, que não deve ser subestimado, afirmou.
É verdade que a dengue e o coronavírus não estão diretamente relacionados. Então, qual é o significado de redobrar os cuidados em tempos de pandemia? As manifestações clínicas de ambas as doenças são muito semelhantes, o que pode dificultar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
Por essa razão, aconselha-se que pacientes com febre alta, falta de ar ou vômitos persistentes consultem um médico. Para a dengue, os pacientes precisam de hidratação, mas para a Covid-19, os pacientes recebem suporte respiratório. Ambas as infecções requerem vigilância adequada para evitar que os pacientes evoluam para uma condição muito grave.
A prevenção é a única forma de evitar contrair o vírus da dengue, e o mesmo vale para o Covid-19, onde as medidas preventivas são a lavagem frequente das mãos e o distanciamento social.
Vacina
Foi aprovado o registro de uma nova vacina para a prevenção da dengue. A vacina Qdenga da empresa Takeda Pharma Ltda é composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, conferindo assim uma ampla proteção contra a dengue.
A vacina é destinada a crianças a partir de quatro anos e adultos de até sessenta anos de idade.
Estará disponível para administração via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de 3 meses entre as aplicações.
O Instituto Butantan está desenvolvendo uma vacina tetravalente contra a dengue. Conhecida pelo nome de Butantan-DV a formulação está em reta final de testes em humanos. Produzida com vírus atenuado, tem potencial para proteger contra as quatro espécies de vírus da dengue em uma única dose.
 
Saiba mais:
Participe! Dengue e Arbovirose: prevenção é a melhor ação!
Vida Sustentável – Dengue – Vamos combater!
Calendário Ambiental – 20 de Agosto – Dia Mundial do Mosquito
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2023/anvisa-aprova-nova-vacina-para-a-dengue
https://agencia.fapesp.br/vacina-contra-a-dengue-desenvolvida-no-instituto-butantan-vence-o-premio-peter-muranyi-2023/40817/
 
Referências
http://www.sustentavel.ufu.br/node/509#:~:text=A%20melhor%20forma%20de%20preven%C3%A7%C3%A3o%20da%20dengue%20%C3%A9%20evitar%20a,ajudam%20a%20prevenir%20a%20dengue.
 
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Texto: Claudia Conte Bortuluci – CEA/SEMIL
Revisão: Denise Scabin – CEA/SEMIL
Gestão de conteúdo e direção de arte – Cibele Aguirre – CEA/ SEMIL
 
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