Pesquisadores da Universidade Estatal de Lomosonov, em Moscou, e do Instituto Melnikov para o Permafrost, em colaboração com cientistas alemães, utilizaram um modelo geológico em 3D e determinaram que a parede da encosta está retrocedendo cerca de 12 metros por ano, enquanto a seção colapsada, que atualmente atinge 55 metros abaixo da borda, também derrete rapidamente.
Segundo o estudo publicado no jornal científico “Geomorphology”, a cratera cresceu 200 metros desde 2014, chegando a uma largura de 990 metros. Embora os cientistas já soubessem que a abertura estava se expandindo, esta foi a primeira vez em que foi possível quantificar o volume de gelo em derretimento.
Motivos para preocupação
Apesar de a Batagaika estar distante de qualquer grande cidade russa, sua rápida expansão é um indicador crítico do aquecimento do permafrost subjacente, segundo relata o portal “Interesting Engineering”.
O permafrost, que são os solos permanentemente congelados por mais de dois anos, cobrem vastas regiões do Hemisfério Norte. O degelo dessas camadas não provoca apenas os sumidouros, mas também reduz a vegetação que protege do calor solar, acelerando o aquecimento do solo.