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Polícia conclui inquérito da morte de candidata a vereadora e irmã

A Polícia Civil de Mato Grosso concluiu o inquérito sobre o assassinato da candidata à vereadora Rayane Alves Porto (Republicanos), de 28 anos, e sua irmã, Rithiele Alves Porto, de 25, no município de Porto Esperidião. Ao todo, 16 pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime bárbaro, ocorrido no último dia 14 de setembro.

O inquérito, encaminhado ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Estadual (MPE), aponta que o crime não teve motivação política.

Dos 16 indiciados, oito são adultos e oito são adolescentes, que responderão a atos infracionais análogos aos crimes apontados na investigação. Os crimes são: organização criminosa, extorsão mediante sequestro qualificada pela morte, extorsão mediante sequestro qualificada por lesão grave, tortura e furto.

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Os envolvidos foram identificados com auxílio de câmeras de segurança, segundo a polícia. Um inquérito complementar também será instaurado, a fim de apurar quem foi o mandante dos crimes.

Uma das suspeitas da motivação seria uma foto, na qual as jovens e um rapaz aparecem fazendo símbolos com três dedos que seriam ligados à facção Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa rival a dos sequestradores.

Rayane era candidata a vereadora de Porto Esperidião, pelo partido Republicanos. Nas redes sociais, ela e a irmã se descreviam como cristãs e expressavam amor pelo circo, porque nasceram em uma família circense.

Elas foram sequestradas, torturadas e mortas a facadas, após saírem de uma festa. Além de Rayane e Rithiele, outras duas pessoas também foram sequestradas e ficaram feridas. Um dos sobreviventes escapou pulando o muro e pediu socorro à polícia.

Ao chegarem no local, as autoridades encontraram um jovem com uma das orelhas e um dos dedos cortados, além de apresentar ferimento de facada na nuca. No restante da casa, os policiais acharam dedos e cabelos de uma das irmãs. Os corpos das duas estavam no último quarto, com sinais de tortura por arma branca.