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Polícia Civil do atual governo do RJ foi a que menos puniu policiais nos últimos 5 anos

A Polícia Civil da administração Cláudio Castro, atual governador do Rio de Janeiro, foi a que menos puniu agentes e delegados, de acordo com um levantamento dos números dos últimos cinco anos da Corregedoria, obtido pela coluna por meio da Lei de Acesso à Informação.

Em 2018, quando o governador era Luiz Fernando Pezão e Francisco Dornelles, a Polícia Civil puniu 27 agentes e delegados. Em 2019, no governo de Wilson Witzel, o número subiu para 29. Em 2020, em que o Rio foi governado até agosto por Witzel e, depois, por Castro, apenas cinco foram punidos. Já em 2021 e 2022, 15 agentes e delegados sofreram punições em cada ano.

À coluna, o coordenador do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF), Daniel Hirata, explicou que um dos motivos para a diminuição do número de punições na corregedoria da Polícia Civil é a “autonomização” da corporação.

“As polícias do Rio de Janeiro têm se tornado cada vai mais organizações que defendem seus próprios interesses e sem transparência. Não se presta conta para a sociedade, não se responde aos órgãos de controle interno e externos. Não me parece razoável que, com o aumento do número de chacinas, menos policiais sejam punidos”, pontuou Hirata.

Junto à diminuição do número de punições, houve também o aumento de chacinas. Desde que Castro assumiu o governo do Rio de Janeiro, o estado teve três das cinco chacinas mais letais da história, duas delas protagonizadas pela Polícia Civil: a do Jacarezinho, em maio de 2021, e a da Vila Cruzeiro, em maio de 2022.

Em 2019, após a eleição de Wilson Witzel, a Secretaria de Segurança Pública foi extinta, tornando, assim, as polícias independentes e cabeças de suas próprias pastas.

A Polícia Civil não respondeu à coluna sobre o motivo da diminuição de punições na corregedoria.

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