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Pimenta é 15º a chefiar ministério extraordinário e se junta a lista com Pelé e Jungmann; veja

Paulo Pimenta (PT), ministro-chefe da Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência) do governo Lula (PT), foi anunciado como titular da Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul na última terça-feira (14), e cumpriu nesta quinta-feira (16) as primeiras ações na pasta.

Pimenta é o 15º ministro extraordinário desde a redemocratização, em lista que também conta com Pelé, Raul Jungmann e Mangabeira Unger. Ele é o primeiro chefe de pasta extraordinária de Lula em seu terceiro mandato como presidente da República.

A secretaria, anunciada pelo presidente durante viagem ao estado, visa propor ações de combate às enchentes causadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. A tragédia, que tem atingido o estado, soma 154 mortos e 94 desaparecidos até hoje.

Os presidentes Dilma Rousseff (PT) e Jair Bolsonaro (PL) foram os únicos que não tiveram ministros extraordinários durante seus mandatos.

Relembre outros ministros extraordinários brasileiros na redemocratização:

Governo Sarney

O governo de José Sarney (PMDB), entre 1985 e 1990, teve dois ministros extraordinários. Aluizio Alves foi chefe do Ministério Extraordinário para Assuntos de Administração, no período de 1985 a 1986, e Vicente Cavalcante Fialho comandou a pasta extraordinária para Assuntos de Irrigação, entre 1986 e 1989.

Governo Collor

Durante o mandato de Fernando Collor (PRN), de 1990 a 1992, Carlos Moreira Garcia foi ministro de Estado Extraordinário da Criança, em 1992, e Carlos Alberto Gomes Chiarelli foi ministro de Estado Extraordinário para Assuntos de Integração Latino-Americana, de 1991 a 1992.

O cargo de Chiarelli foi criado em agosto de 1991, como consequência da criação do Mercosul (Mercado Comum do Sul) em março do mesmo ano.

Governo Itamar Franco

No governo de Itamar Franco (PMDB), entre 1992 e 1995, houve um ministro extraordinário. Rubens Ricupero comandou a pasta para Articulação de Ações na Amazônia Legal entre 1993 e 1994.

Governo FHC

Durante os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) na presidência da República, de 1995 a 2003, houve seis ministros extraordinários.

Entre eles estão Pelé, ministro extraordinário dos Esportes entre 1996 e 1998 e um dos idealizadores da lei que extinguiu os passes de jogadores de futebol, e Luiz Carlos Santos, ministro extraordinário de Coordenação de Assuntos Políticos entre 1996 e 1998, que articulou a emenda constitucional da reeleição.

Ainda, Raul Jungmann, chefe do Ministério Extraordinário de Política Fundiária de 1996 a 1999, e Antônio de Almendra Freitas Neto, ministro Extraordinário de Reforma Institucional, de 1998 a 1999, entram na lista no primeiro mandato do tucano.

No segundo mandato de FHC, Élcio Alvares foi ministro extraordinário da Defesa, em 1999, e Ronaldo Mota Sardenberg, chefe do Ministério Extraordinário de Projetos Especiais, no mesmo ano.

Governo Lula (1º e 2º mandato)

No primeiro mandato de Lula, José Graziano foi ministro extraordinário de Segurança Alimentar e Combate à Fome, entre 2003 e 2004. A pasta buscava erradicar a fome, durou um ano e foi extinta, para integrar o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

Após a reeleição do petista, entre 2007 e 2008, Roberto Mangabeira Unger chefiou o Ministério Extraordinário de Assuntos Estratégicos. O ministério se transformou na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República em 2008.

Governo Temer

O único ministro extraordinário da gestão Michel Temer (MDB) foi Raul Jungmann, chefe do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, entre 2018 e 2019. Ele assumiu a pasta em 27 de fevereiro de 2018, na esteira da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, decretada no dia 16 do mesmo mês.

Governo Lula (3º mandato)

Paulo Pimenta foi indicado para comandar a Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul. A pasta, com caráter de ministério e cujo foco é combater as enchentes que têm devastado o estado, tem previsão de ser mantida até fevereiro de 2025.

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