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PF indicia Torres e Vasques por ação da PRF no Nordeste em 2022

Nesta sexta-feira (16), a Polícia Federal indiciou Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, e Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O indiciamento ocorreu em razão de uma suposta ação coordenada para dificultar o acesso de eleitores do Nordeste aos locais de votação durante o segundo turno das eleições de 2022.

Conforme informações da Polícia Federal, ambos teriam atuado para prejudicar eleitores do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia da votação. Durante o segundo turno, a PRF teria realizado operações que interferiram no transporte dos eleitores, motivando relatos de irregularidades.

Na ocasião, em resposta às denúncias, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a PRF e a PF se abstivessem de realizar operações que prejudicassem o transporte de eleitores e de divulgar balanços dessas ações.

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Horas após a decisão, Moraes afirmou que as operações da PRF não teriam impedido os eleitores de exercerem seu direito ao voto.

Ao investigar o caso, a PF chegou a pedir um prazo adicional para concluir os interrogatórios e finalizar o relatório final, resultando agora no indiciamento dos dois ex-aliados de Bolsonaro. Além deles, quatro policiais federais cedidos ao Ministério da Justiça também foram indiciados, baseados no artigo 359-P do Código Penal.

O artigo citado trata de violência política. Este artigo prevê que é crime restringir, impedir ou dificultar o exercício de direitos políticos de alguém, através de violência física, sexual ou psicológica, devido ao sexo, raça, cor, etnia, religião ou nacionalidade da pessoa. A pena para este crime é de 3 a 6 anos de reclusão, multa e a pena correspondente à violência.