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PF busca bolsonaristas suspeitos de financiar invasão a aeroporto e atentado a bomba

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (6) operação com o objetivo de apurar supostos financiadores dos atos de invasão ao aeroporto de Brasília em dezembro de 2022 e possível conexão com os envolvidos na tentativa de atentado a bomba nas proximidades do terminal.

Os atos sob investigação ocorreram nos dias 2 e 8 daquele mês, quando apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) invadiram áreas de acesso restrito e adjacências do aeroporto, causando uma série de transtornos à segurança aérea e ao serviço aeroportuário.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão: um em Marabá (PA), um em Água Boa (MT) e quatro no Distrito Federal.

Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo, crime de atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública e associação criminosa –todos previstos no Código Penal.

Em dezembro do ano passado, movidos pelo inconformismo com o resultado das eleições, vencidas por Lula (PT), bolsonaristas promoveram manifestações em diferentes pontos de Brasília, inclusive nas imediações do hotel em que o petista ficou hospedado.

Protestos também ocorreram no aeroporto da capital do país. Um deles contou com a participação do indígena José Acácio Serere Xavante, nascido em Mato Grosso e conhecido como Cacique Serere.

O indígena viria a ser alvo de uma ordem de prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), por participação em atos antidemocráticos.

A detenção, no dia 12 de dezembro, levou simpatizantes de Bolsonaro acampados em frente ao quartel-general do Exército a tentarem invadir a sede da Polícia Federal.

O episódio resultou em confronto com policiais, e os manifestantes promoveram uma onda de vandalismo na cidade, arremessando pedras contra os agentes e queimando veículos.

Quase duas semanas depois, na véspera de Natal, as autoridades interceptaram uma tentativa de explosão de um caminhão com combustível nos arredores do aeroporto.

Dois apoiadores do ex-presidente foram condenados na primeira instância da Justiça do DF, sob a acusação de expor a perigo a vida ou o patrimônio mediante colocação de dinamite ou substância análoga e causar incêndio em depósito de combustível.

George Washington de Oliveira Sousa recebeu pena de nove anos e quatro meses de prisão, e Alan Diego dos Santos Rodrigues, de cinco anos e quatro meses.

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