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Petroleiros do Catar suspendem passagem pelo Mar Vermelho 

Um dos principais exportadores globais de gás natural liquefeito (GNL), a QatarEnergy, também parou de enviar seus petroleiros pelo Mar Vermelho, devido à insegurança das embarcações nesta rota vital para a navegação. A informação foi divulgada pela agência Reuters nesta segunda-feira (15).

Uma fonte citada pela agência afirmou que pelo menos quatro petroleiros que costumavam transportar GNL do Catar foram retidos no fim de semana após os ataques aéreos e marítimos perpetrados na semana passada pelos EUA e Reino Unido no Iêmen, em resposta aos ataques houthis a navios no Mar Vermelho.

Dados de rastreamento de navios mostram que três desses petroleiros carregaram GNL em Ras Laffan, no Catar, e deveriam seguir para o Canal de Suez, mas pararam na costa de Omã em 14 de janeiro, de acordo com o relatório. 

O quarto petroleiro, que voltava para o Catar, parou em sua rota em 13 de janeiro no Mar Vermelho.

“É uma pausa para obter orientação sobre segurança. Se a passagem (pelo Mar Vermelho) permanecer insegura, passaremos pelo Cabo (da Boa Esperança, na África)”, disse a fonte. “Não é uma interrupção da produção”, destacou a fonte.

De acordo com os dados do LSEG (London Stock Exchange Group) citados pela Reuters, o Qatar embarcou mais de 75 milhões de toneladas do combustível em 2023, das quais 14 milhões de toneladas foram fornecidas a compradores na Europa e 56,4 milhões de toneladas para a Ásia.

Gigantes do transporte marítimo começaram a enviar seus navios, incluindo aqueles que transportam GNL, em viagens mais longas e caras ao redor do Cabo da Boa Esperança, no sul da África, depois que os rebeldes houthis, baseados no Iêmen, instituíram um bloqueio de fato através do Mar Vermelho e do Canal de Suez. 

Eles têm atacado embarcações supostamente ligadas a Israel, no que dizem ser uma demonstração de solidariedade aos palestinos após a escalada das hostilidades em Gaza.

O Canal de Suez é a rota marítima mais curta entre a Europa e a Ásia, respondendo por cerca de 15% do tráfego marítimo mundial. De acordo com um relatório do IfW Kiel, o comércio global caiu 1,3% de novembro a dezembro de 2023 como resultado dos ataques houthis a navios mercantes no Mar Vermelho.

*Da Agência Fonte Exclusiva com informações da RT. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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