CovidNotícias

PERSEGUIÇÃO: Justiça do RJ proíbe entrada de deputados Rodrigo Amorim, Filippe Poubel e Alan Lopes na Uerj


Em caso de descumprimento, trio pode ser multado em até R$ 100 mil.

A Justiça do RJ atendeu a um pedido da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e proibiu que os deputados estaduais Rodrigo Amorim (PTB), Filippe Poubel (PL) e Alan Lopes (PL) entrem e gravem nos espaços públicos da instituição em todo o estado. Caso a medida seja descumprida, o trio poderá ser multado em até R$ 100 mil.

A decisão liminar é do juiz Afonso Henrique Ferreira Barbosa, da 1ª Vara de Fazenda Pública da Comarca da Capital, e antecipa a decisão final do processo.

Segundo a Uerj, o grupo de deputados e o vereador Rogério Amorim (PL) entraram no estacionamento da universidade no Maracanã, na Zona Norte do Rio, no dia 27 de setembro, para uma fiscalização.

Publicidade

Na ocasião, a instituição alegou que os parlamentares entraram no “campus de forma intimidatória, provocando, constrangendo e fazendo acusações infundadas a servidores da Prefeitura dos Campi e do corpo de segurança da Universidade, que estavam trabalhando.”

Os políticos disseram que estavam no campus para fiscalizar a cobrança de estacionamento na universidade em dia de jogo no Estádio do Maracanã.

Houve confusão e vários funcionários da Uerj foram levados para a 18ª DP (Praça da Bandeira) após receberem voz de prisão do grupo.

Em nota, eles disseram que a fiscalização aconteceu “dentro da legalidade das prerrogativas parlamentares” após suspeitas de peculato, estelionato e outras irregularidades (veja a nota completa mais abaixo).

 

 

“Os deputados da Comissão Especial de Combate à Desordem Urbana da Alerj ainda não foram notificados oficialmente de decisão provisória judicial. O corpo jurídico da Comissão informa que a atuação dos seus membros se deu de forma respeitosa, dentro da legalidade das prerrogativas parlamentares, e tomará as medidas judiciais necessárias para reverter tal decisão.

Nota da Uerj

“A Universidade do Estado do Rio de Janeiro confirma a liminar obtida após ação ajuizada pela Uerj, tendo em vista os fatos ocorridos na noite de 27/09/23, quando os deputados, sem representarem a totalidade da Casa Legislativa que integram, sem ordem judicial de busca e/ou apreensão, sem flagrante delito e sem qualquer comunicação prévia à Administração da Universidade, adentraram o campus Maracanã a pretexto de exercer fiscalização parlamentar.

Com abuso de poder, intimidaram, ofenderam e caluniaram servidores, acusando-os de terem cometido peculato e estelionato, e ainda postaram vídeos nas redes sociais. A Constituição da República condiciona o poder de fiscalização dos parlamentares à prévia e expressa aprovação dos órgãos de direção das casas legislativas ou, no mínimo, por uma Comissão Parlamentar específica, não permitindo ao parlamentar, de forma individualizada, o exercício de tal poder independentemente da autorização da Mesa da Alerj.”

Com informações do G1.