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Perícia desvenda pepita de Valdemar

A perícia preliminar realizada pela Polícia Federal revelou que a pepita de ouro de 39 gramas encontrada com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi retirada de um garimpo artesanal fora do Brasil e é uma peça rara de colecionador.

A apreensão ocorreu durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão em um endereço ligado a Valdemar durante a Operação Tempus Veritatis.

Segundo O Globo, as análises técnicas apontam que a morfologia da pepita não corresponde ao solo nem às formações rochosas da Amazônia.

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A raridade da pepita se deve aos indícios de que ela foi extraída diretamente da chamada “rocha mãe” com esse tamanho incomum. Normalmente, o ouro é encontrado em fragmentos menores.

Conforme o jornal, a descoberta reforçou a suspeita de que a peça tenha origem em algum garimpo artesanal, já que na mineração industrial as rochas são detonadas com explosivos, o que torna improvável a descoberta de objetos desse porte.

Os especialistas também apontam que a rocha mãe da pepita seja proveniente de uma formação recente, possivelmente próxima a uma cadeia montanhosa como os Andes na América do Sul ou a Costa do Pacífico nos Estados Unidos e Canadá. As rochas encontradas na região amazônica são mais antigas.

Análise em andamento

A pepita de Valdemar também foi submetida a um acelerador de partículas.

O objetivo é verificar a presença de outros minerais incrustados na peça, fornecendo mais detalhes sobre a rocha mãe.

Quanto vale a pepita de Valdemar?

O laudo preliminar aponta que a pepita possui um teor aproximado de 91,76% de ouro.

“As características da pepita de ouro mineral, tais como o alto teor de ouro, textura, granulometria e a sua composição química e mineral, indicam que se trata de produto aurífero primário, proveniente de retirada direta da jazida, sem processamento, típico de atividade de garimpagem”, diz o documento.

Os peritos acreditam que a pepita valha cerca de 11,6 mil reais.