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Para fugir do bullying, pais mudam escola na reta final

Novos professores nomeados vão trabalhar nas disciplinas de Geografia, Matemática e Língua Portuguesa. (Divulgação)

Nem precisou ser fim do ano para a busca por uma escola começar para mães, que tiveram suas filhas vítimas de bullying. A prática que já motivou regulamentações de leis específicas na Legislação Brasileira ainda não saiu do papel, inclusive em tradicionais escolas da rede particular.

M. sofreu na pele em plena Escola Parque, na Barra da Tijuca, uma das mais caras do Rio, após a filha defender outras crianças vítimas de chacota e o bullying se voltar contra ela. “Falei com muita gente e não resolveu. Tive que tirá-la de lá, instituição onde ela estava desde os 6 anos e se sentia acolhida. Em tese, os alunos parqueanos são aqueles que incluem todos os amigos, mas isso deve estar para além das palavras. Além disso, a escola precisa intervir quando necessário, porém, não foi isso que aconteceu. Vi minha filha ser isolada, sofrer, ser excluída e a escola falhar“, desabafa a mãe, que ainda conta que demorou a trocar de escola com a esperança de que o problema poderia ser resolvido.

No outro lado da cidade, a advogada E.M. teve que recomeçar o ano letivo em pleno outubro. O motivo era mais uma vez o bullying de colegas à filha de 9 anos. O material caro, que custou em março cerca de R$ 2 mil, teve que mudar em busca de paz. “Foi uma correria, mas necessária, pois não aguentava ver minha filha triste. Meu outubro virou fevereiro, nova escola, novo transporte e nova rotina. O bem-estar da minha filha compensa tudo“, relata E.M.

Procurada pela equipe de reportagem, a Escola Parque não retornou ao formulário disponível pelo site da instituição.


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