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Opção de Flávio Bolsonaro em Campos dos Goytacazes deflagra divisão no PL do Rio 

O comando do PL na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), no Norte Fluminense, é o estopim de uma guerra entre bolsonaristas no Estado do Rio. 

O detonador é o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que entregou o comando da legenda em nível local ao grupo do prefeito Wladimir Garotinho (Progressistas), filho do ex-governador do Rio Anthony Garotinho. 

O senador deu o presente sem consultar as bases locais, quando o deputado Filippe Poubel (PL-RJ), um bolsonarista raiz, anunciava a transferência de domicílio para a cidade visando disputar a sucessão municipal. 

As reações começaram na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), com deputados do partido criticando o concubinato de um integrante do clã Bolsonaro com o integrante do clã Garotinho. 

Agora o PL de Campos passa ao comando de Thiago Ferrugem, que fez campanha para Lula em 2022, além de ter sido um dos alvos da Operação Chequinho (compra de votos) na eleição de 2016, sendo preso e chegando a usar tornozeleira eletrônica por um período. 

Ferrugem derruba a construção da narrativa “ex-condenado”, termo sempre usado pela extrema direita para desqualificar Lula. “É a moral flexível do bolsonarismo”, observou o cientista social Marcos Pedlowski, professor da Uenf (Universidade Estadual do Norte Fluminense), ao comentar o tema em artigo no Portal VIU!.

A candidatura de Poubel provocava urticária no governo Wladimir, porque o recall do bolsonarismo é grande na cidade. Jair Bolsonaro teve 63,14% dos votos no segundo turno das eleições de 2022, contra 36,86% de Lula. Ao mesmo tempo nada conta o projeto nacional que prioriza a eleição de prefeito e vereadores pela legenda, visando fortalecer a legenda para o pleito presidencial de 2026. 

A capitulação do PL em Campos ocorreu logo após Flávio Bolsonaro anunciar um aporte de R$ 5,5 milhões em emenda parlamentar para o governo Wladimir. As reações do bolsonarismo nas redes sociais são estridentes. Em sua página no Instagram, Poubel publicou uma foto da esposa de Ferrugem fazendo campanha para Lula. 

Eleitores bolsonaristas também passaram a usar as redes sociais e alguns chegam a falar sobre a crise interna no comando nacional do PL, que veta a indicação de um nome da família Bolsonaro para ocupar a vice-presidência do partido em nível nacional. 

*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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