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‘O problema do Galeão nunca foi a Linha Vermelha’ destaca secretário que comemora números do aeroporto

Desde que o Prefeito Eduardo Paes implementou, em setembro do ano passado, uma política estratégica para reverter o cenário de subutilização do Aeroporto Internacional do Galeão, os resultados têm sido expressivos. A restrição de destinos no Santos Dumont, acompanhada por esforços para ampliar o movimento no terminal da Ilha do Governador, está rendendo frutos. Dados apresentados nesta quinta-feira (15/08) no Rio Innovation Week, a maior conferência global de tecnologia e inovação realizada nos armazéns do Pier Mauá, confirmam o impacto positivo: o Galeão, com capacidade para receber até 84 milhões de passageiros por ano, se consolidou como o segundo maior hub de voos internacionais do Brasil, ultrapassando Brasília e Viracopos.

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Foto: Divulgação SMDUE/ Jeff Augusto

Chicão Bulhões, secretário municipal de desenvolvimento urbano e econômico do Rio, enfatizou que a baixa movimentação do Galeão nunca esteve associada à insegurança da Linha Vermelha, tampouco à localização do aeroporto, mas sim à falta de infraestrutura e à desarticulação entre os aeroportos da cidade. “As pessoas não deixam de pegar a Linha Vermelha para viajar, para ir para a Região Serrana ou para as cidades da Baixada Fluminense. A Linha Vermelha nunca foi o motivo”, afirmou Bulhões.

Vale destacar que a Linha Vermelha, principal ligação entre a Região Central do Rio às cidades da Baixada Fluminense, é a única rota para quem sai do Aeroporto do Galeão com destino à Zona Sul da cidade. Considerada uma das vias mais desafiadoras do município, a Linha Vermelha atravessa três grandes comunidades: Barreira do Vasco, Caju e o Complexo da Maré. Para aumentar a segurança, divisórias foram instaladas ao longo do trajeto, separando a via das áreas residenciais e prevenindo invasões às pistas. Com seus 21 km de extensão, a Linha Vermelha foi inaugurada em 1994 com o objetivo de dividir o fluxo de veículos e aliviar o trânsito da Avenida Brasil.

Chicão reforçou que a concentração dos voos domésticos no Santos Dumont resultou na perda de conectividade do Galeão, tornando-o menos atrativo para as companhias aéreas e, por consequência, mais caro para as operações internacionais.

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Victor Serra/DIÁRIO DO RIO

Com as mudanças implementadas pela prefeitura, o Galeão começou a recuperar sua vocação como hub internacional, enquanto o Santos Dumont retomou seu papel como aeroporto predominantemente doméstico. “Isso beneficiou os dois aeroportos, com aumento do número de passageiros em um e melhor entrega de serviços no outro, que funcionava com sobrecarga, atrasos e cancelamentos de voos, além de reclamações dos passageiros”, ressaltou o secretário.

No evento, novidades promissoras foram apresentadas pelo CEO da RIOGaleão, concessionária responsável pela administração do terminal. O aeroporto passará a contar com voos diretos para Dallas, no Texas, além de um aumento de 30% na carga aérea doméstica destinada ao Rio. Outro ponto destacado é que o Galeão não enfrenta limitações de peso para decolagem e chegada, um diferencial que impulsiona as operações. No primeiro semestre deste ano, o número de conexões domésticas e internacionais aumentou 97%, e o aeroporto passou a ser o segundo principal ponto de entrada internacional no país, com 20% dos voos intercontinentais operados por companhias de baixo custo. Este ano, o Galeão pode bater o recorde histórico de passageiros internacionais.

Alexandre Monteiro, CEO da RIOGaleão, destacou ainda o papel estratégico da Gol Linhas Aéreas, que opera mais de 30 destinos e é um ativo importante tanto no Galeão quanto no Santos Dumont.

Esse crescimento do Galeão reflete diretamente no desenvolvimento econômico do Rio de Janeiro. “A economia do Rio passou a acelerar mais que a do Brasil”, destacou Chicão Bulhões, citando que a cidade ultrapassou Paris em número de filmagens cinematográficas. Além disso, eventos como o G20 têm aquecido a carga aérea, e os hotéis do Rio registram uma ocupação média de mais de 85%, um indicador do bom momento que a cidade vive. “O Rio sabe onde quer chegar”, concluiu o secretário.

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