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O jornal alemão que está trocando jornalistas por Inteligência Artificial

O jornal de maior circulação na Europa, o tabloide alemão Bild, planeja trocar grande parte de sua equipe por Inteligência Artificial, tecnologia capaz de desempenhar as mesmas funções. A informação é de outro meio de comunicação alemão, o Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Ao mesmo tempo, o tabloide está reorganizando sua rede regional, fundindo algumas das redações territoriais e reduzindo o número de edições impressas regionais de 18 para 12. A editora Axel Springer empreende essas duas e outras medidas para economizar 100 milhões de euros (US$ 109 milhões), como explica uma carta assinada por dois editores-chefes, o chefe do grupo Bild e o diretor-gerente do tabloide, que foi enviada aos funcionários por e-mail.

O número de demissões planejadas está na faixa de “três dígitos baixos”, disse o governo, o que pode significar que cerca de 200 funcionários tenham que sair. 

“Entre os ofícios afetados pela medida estão os de editor-chefe, editor de estilo, revisor, secretário e editor de fotos que deixarão de existir como os conhecemos hoje”, diz o e-mail. 

Em termos gerais, prevê-se dispensar, em primeiro lugar, “colegas que tenham tarefas que são realizadas no ambiente digital”.

Ao mesmo tempo, a carta menciona os esforços da empresa para “evitar demissões e encontrar soluções socialmente aceitáveis” para superar as dificuldades, que os gerentes descrevem como um “desequilíbrio perigoso com o Bild e o Die Welt” que pode se materializar em alguns anos “se não fizermos nada”. 

Assim, o e-mail deixa claro que cortes semelhantes também podem ocorrer no Die Welt, o principal jornal do grupo de mídia.

O tabloide já enfrentou um grande corte de pessoal, já que as vendas caíram de 4,5 milhões há cerca de 20 anos para pouco mais de um milhão no ano passado.

No início deste ano, o CEO da Springer, Mathias Dopfner, teve que se desculpar depois que vazou que ele planejava usar o Bild para exercer influência na última eleição e promover sua visão pessoal, enquanto atacava o ativismo contra as mudanças climáticas, as medidas anticovid e criticava a então chanceler Angela Merkel.

O presidente da Associação Alemã de Jornalistas, Frank Überall, criticou duramente os planos de demissão, afirmando que Dopfner “quer abater a vaca de dinheiro do grupo”, algo que “não é apenas antissocial em relação aos funcionários, mas “extremamente estúpido do ponto de vista econômico”, já que o renome continua sendo o gerador de lucros da Springer. Menos informação regional significa menos serviço ao leitor e, portanto, menos leitores”, acrescentou o revisor.

Da RT com edição da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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