Números da PM apontam redução histórica na criminalidade do Centro do Rio

Durante alguns anos, o Centro do Rio foi palco de uma realidade marcada pela criminalidade, uma sombra que atrapalhava seu status de polo econômico, financeiro e comercial. A região, conhecida por seu intenso movimento, tornou-se alvo frequente de criminosos que praticavam roubos, furtos e “saidinhas de banco”. Os relatos alarmantes nos grandes jornais do país, especialmente entre 2014 e 2015, ressaltavam a preocupante situação.

Em resposta a esse cenário, foi lançado em 2016 o programa Segurança Presente. Com foco na presença ostensiva da Polícia Militar, a iniciativa mobilizou mais de 500 agentes de segurança, entre policiais militares e agentes civis, nos principais corredores do Centro, abrangendo desde a Região Portuária até o entorno do MAM e do Aeroporto Santos Dumont. O investimento maciço do Governo do Estado foi superior a qualquer operação de segurança implementada em outros bairros da cidade, totalizando um aporte anual de R$ 47 milhões.

Contudo, a crise desencadeada pela pandemia de Covid-19 trouxe novos desafios à segurança do bairro. Com o esvaziamento das ruas centrais, tornou-se mais difícil coibir os crimes praticados por usuários de drogas e criminosos de comunidades vizinhas como o Morro da Providência, Mangueira e Complexo do São Carlos. Neste período, o foco se voltou também para arrombamentos de estabelecimentos e restaurantes.

Atualmente, a realidade no Centro do Rio é radicalmente diferente. Enquanto vive seu melhor momento imobiliário em oito anos, os frequentadores e lojistas testemunham os frutos dos esforços das administrações públicas para revitalizar a área. Os dados mais recentes da Polícia Militar confirmam essa percepção de segurança reforçada, refletindo uma notável redução nos índices criminais. Comparando os últimos meses de maio, junho e julho de 2023 com o mesmo período de 2024, os números impressionam:

Começando pela letalidade violenta com redução de 37%; furto à pedestres caiu 4%, assim como o furto em ônibus: queda de 16%. Os estabelecimentos comerciais comemoram também a redução de roubo de 60%. Comparando maio de 2024 com junho de 2024, os números impressionam ainda mais, com o roubo de carga zerado e redução de 75% na letalidade violenta. Veja os números na íntegra:

Comparando mai/jun/21jul de 23 com igual período de 2024
Letalidade violenta redução de 37,5%;
Furto a transeunte redução de 4,4%;
Furto em coletivo redução de 16,29%;
Roubo a estabelecimento comercial redução de 57,9%;
Roubo à residência redução de 20% ;
Roubo a traseunte redução de 2%;
Roubo após saque em instituição financeira redução de 50%.

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Comparando Abril/24 com Maio/24 apresentamos redução de:

100% homicídio doloso;
19,2% furto a transeunte;
3,9% furto de celular;
25,76% furto de veículos;
8,1% roubo de Rua;
16,7% roubo de Veículos;
50% roubo a estabelecimento comercial;
50% roubo à residência;
12,3% roubo de aparelho celular;
42,9 % roubo em coletivo.

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Comparando Maio/24 com Junho/24 apresentamos redução de:

75% letalidade violenta;
50% homicídio doloso;
100% estupro;
17,3% furto à transeunte;
34,1% furto de veículos;
20,8% furto em coletivo;
11,9% roubo de rua;
Zeramos o roubo de carga;
4,4% roubo de rua;
16% roubo de aparelho celular;
50% roubo em coletivo.

Incentivo Particular

Além das medidas governamentais, a segurança no Centro do Rio recebe um impulso adicional dos empresários locais. Atualmente, quem transita por algumas vias centrais está sob constante vigilância de uma startup inovadora em tecnologia de segurança. Conhecido como “Gabriel”, o projeto patrocinado pela Aliança Centro, associação de proprietários e gestores de imóveis da região, representa um avanço significativo na modernização da segurança urbana carioca.

Implantado em áreas estratégicas como a Rua São José e nas proximidades da Praça XV, o sistema avançado de vigilância oferece transmissão de imagens em tempo real e acesso a um histórico de 14 dias de gravações para cada cliente. Essa tecnologia elimina as falhas frequentes em sistemas mais antigos, como interrupções no serviço e qualidade de imagem reduzida, garantindo imagens nítidas e de alta resolução cruciais para investigações policiais.

De acordo com dados da empresa responsável, as câmeras Gabriel já contribuíram significativamente para aproximadamente 5 mil investigações policiais, resultando na prisão de mais de 340 criminosos. Além disso, a tecnologia desempenhou um papel fundamental ao inocentar oito pessoas falsamente acusadas de crimes.