Moraes faz campanha para Pacheco na disputa do Senado
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Alexandre de Moraes virou um cabo eleitoral importante no jogo de xadrez da eleição para o Senado, prevista para acontecer na próxima quarta-feira (1º).
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) vem entrando em contato com senadores eleitos pedindo voto para Rodrigo Pacheco (PSD), e intensificou suas manifestações privadas nas últimas horas.
Um senador confirmou que recebeu a ligação de Moraes.
“O ministro apenas lembrou que é preciso pacificar os três poderes e neste momento é isso que o Pacheco representa”, conta o político eleito por um partido do Centrão.
O senador diz que concordou com o ministro e, como estava indeciso, optou por garantir ao presidente do TSE que dará o voto para Pacheco.
Assim como esta ligação, outras foram feitas pelo ministro, que entrou no circuito ativo para garantir a reeleição de Pacheco. O argumento é sempre que a vitória do bolsonarismo para o comando do Senado seria desastrosa para a democracia.
“O presidente está muito sensível para reconstrução do país e considera que não há espaço para novos levantes golpistas”, diz um aliado de Moraes.
Nos bastidores, parlamentares bolsonaristas tentam apagar o incêndio da pressão de um ministro do STF em favor de Pacheco com a alegação de medo.
“O Alexandre está com medo da vitória do Marinho porque sabe que se vencer ele irá pautar o pedido de impeachment dele e pode ter votos suficientes“, diz se referindo a Rogério Marinho (PL), escolhido pelo bolsonarismo como o nome da vez.
Entre os senadores, no entanto, não se trata disso e Alexandre de Moraes sabe que não há clima para um impeachment de Moraes e nem mesmo uma vitória de Marinho seria suficiente. “Ele não tem força o suficiente para isso. Se nem o próprio Bolsonaro conseguiu, imagina um senador”, lembra uma pessoa muito próxima de Rodrigo Pacheco.
Levantamento de aliados revelam que Pacheco tem cerca de 10 votos à frente na disputa neste momento. Embora o jogo não esteja ganho, há otimismo e mesmo membros do PL consideram a vitória difícil, ainda que não impossível.
“O Pacheco tem cerca de 70% de chance de vitória. Teria que ter um fato político novo para acontecer uma virada, mas a gente sabe o quanto a política é dinâmica”, conclui um parlamentar responsável por contar os votos.
fonte: Portal ig
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