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Morador de rua abordado pela Prefeitura, no Centro de Niterói, era condenado por estupro

Bruno Marcos Ferreira foi preso na Avenida Amaral Peixoto / Reprodução: Folha do Leste

Após ameaçar várias pessoas com uma faca na Avenida Amaral Peixoto, no Centro de Niterói, o morador de rua, Bruno Marcos Ferreira foi abordado e preso por guardas municipais e integrantes do Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) que atuavam na região. O incidente ocorreu no último sábado (26) e gerou grande comoção nos niteroienses, pois o agressor tinha um mandado de prisão em aberto por estupro, desde 2016. O crime aconteceu na cidade de Inhapim, em Minas Gerais.

A prisão de Bruno Marcos, criminoso e foragido da Justiça, acendeu a luz de perigo sobre a segurança nas ruas da cidade, pois a cada passo dado pode levar a um encontro com um criminoso por trás de um morador de rua. O que não é impossível, pois, segundo a prefeitura de Niterói, não cabe a ela levantar a ficha criminal da população de rua abordada nas operações de ordenamento urbano.

Ao comentar o caso Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária (SMASES), ressaltou que a verificação de antecedentes criminais em suas abordagens fere os princípios do Sistema Único da Assistência Social (SUAS).

“Não cabe às unidades e serviços socioassistenciais o atendimento de demandas cuja natureza e caraterística extrapolam as atribuições e responsabilidades da rede socioassistencial ou que dizem respeito a ofertas de outras políticas setoriais, tais como saúde, educação, mobilidade, infraestrutura, entre outras”, disse a entidade por meio de nota reportada pelo jornal Folha do Leste.

Segundo a prefeitura de Niterói, para saber se um morador de rua abordado tem antecedentes criminais ou é foragido da justiça, as informações devem ser fornecidas por ele no ato da abordagem. À Secretaria de Assistência Social caberia apenas identificar o morador de rua assistido em casos de pedidos judiciais ou quando ele mesmo informasse possuir pendência judicial que necessite de apoio da equipe, como a assinatura de documento em caso de cumprimento de pena assistida em liberdade.

Durante a operação no Centro de Niterói, outros moradores de rua também foram abordados. Com eles, foram eram encontrados inúmeros objetos perfurocortantes. Marcos Bruno Ferreira foi encaminhado à 76ª Delegacia de Polícia e, posteriormente, será apresentado à Justiça.

Em Volta Redonda, no Sul Fluminense, o combate a casos como os de Marcos Bruno e outras modalidades de criminalidade está sendo travado através de medidas mais assertividade. Após a celebração de um acordo de cooperação técnica entre a prefeitura local e a Superintendência Regional de Polícia Federal, em 2022, 19 integrantes da Guarda Municipal da cidade passaram por 160 horas de treinamento para atuar armados nas ruas da cidade. A habilitação, que cumpriu todas as exigências da Superintendência Regional de Polícia Federal do Rio, ainda não vale para toda a GM de Volta Redonda.

Segundo o tenente-coronel PM Luiz Henrique Monteiro Barbosa, secretário de Ordem Pública de Volta Redonda, o objetivo da medida é levar mais segurança às ruas da cidade de forma estruturada e operacionalmente executável. “Entendemos que uma Guarda Municipal armada não é violenta, mas sim uma GM mais preparada para defender o cidadão de bem”, crê o secretário, que vai além. “Com isso, vamos poder otimizar os recursos humanos da segurança, liberando a Polícia Militar para as questões criminais mais contundentes e deixando a cidade mais segura”, disse o tenente-coronel, conforme reportou o jornal Aqui.

Para reforçar ainda mais a segurança da cidade, uma câmera dome foi instalada na rotatória da Avenida dos Mineiros, a principal via de acesso ao bairro Belmonte, região de forte comércio local. O equipamento, que tem giro de 360 graus, integra o projeto ‘Cidade Monitorada’, que conta com 700 câmeras instaladas em toda a cidade cujas imagens são analisadas diariamente no Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp). O projeto conta ainda com câmeras fixas e com leitura de placas de veículos, as OCRs – Optical Character Recognition (reconhecimento óptico de caracteres, em português). Pelo cronograma das autoridades volta-redondenses, o monitoramento da cidade passará a contar com mil câmeras em breve.

“Temos equipes de trabalho em bairros diferentes e em breve vamos concluir todo o projeto. As câmeras têm uma nova identidade visual e podem ser percebidas facilmente pelo cidadão. O resultado já começou a aparecer, e as imagens têm sido usadas no combate à criminalidade, além da tecnologia também auxiliar na prevenção, coibindo e dificultando a ação de criminosos. Estamos melhorando a segurança da cidade como um todo”, concluiu o tenente-coronel PM Luiz Henrique Monteiro Barbosa.

Com informações são dos jornais Folha do Leste e Aqui.


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