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México deixa negociação com Brasil e Colômbia sobre Venezuela

Uma nova conversa entre os três era prevista para o início desta semana, mas acabou não ocorrendo. Aos jornalistas, o mexicano disse que vai esperar a decisão da justiça venezuelana.

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“Agora não, porque vamos esperar que o Tribunal (da Venezuela) decida”, disse López Obrador em sua coletiva de imprensa diária no Palácio Nacional.

López Obrador está na reta final de seu mandato. A nova presidente Claudia Sheinbaum assume o poder no dia 1º de Outubro. Na segunda-feira (12), ela já havia dito que não se comprometia em seguir no diálogo sobre o processo da Venezuela e que essa era uma atribuição de organizações internacionais.]

À CNN, fontes do Itamaraty minimizaram a saída do México e disseram que não foi uma surpresa. De acordo com integrantes do governo brasileiro, nos últimos dias as autoridades mexicanas vinham indicando sinais de que o processo decisório sobre a crise na Venezuela estava emperrado e já não estavam contribuindo com o processo.

Ainda de acordo com integrantes do governo brasileiro, as negociações seguirão com Brasil e Colômbia. Nesta quarta-feira, o Ministério das Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarca para Bogotá, onde se reunirá com o chanceler Luis Gilberto Murillo para discutir a Venezuela.

O Conselho Nacional da Venezuela (CNE) indicou a reeleição Nicolás Maduro. O resultado, porém, é contestado pela oposição, que teve como candidato Edmundo González, e organizações internacionais.

Desde o início, o Brasil adotou uma postura de exigir a divulgação das atas eleitorais e tem tentando se manter como um interlocutor de Maduro e González.

A negociação vinha sendo feita em conjunto com Colômbia e México. Em 1º de agosto, Lula, Petro e Obrador, após uma conferência, divulgaram uma nota conjunta pedindo que a Venezuela divulgue os dados desagregados da eleição após “controvérsias”.

Na quinta-feira (8), os governos de Brasil, Colômbia e México emitiram um segundo comunicado conjunto assinado pelos chanceleres. Os países “reafirmam a conveniência de que se permita a verificação imparcial dos resultados, respeitando o princípio fundamental da soberania popular” e reiteram que “o respeito aos Direitos Humanos deve prevalecer em qualquer circunstância”.

A presidente do Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela, Caryslia Rodríguez, disse no sábado (10) que recebeu todas as informações solicitadas de partidos políticos e candidatos e que seguirá com o processo de auditoria sobre o resultado da eleição presidencial do dia 28 de julho.

De acordo com a presidente do tribunal, a sentença será ”definitiva”, ou seja, não caberá recursos e será de “cumprimento obrigatório”.

O Supremo da Venezuela assumiu o controle do processo eleitoral a pedido do presidente Nicolás Maduro. Ele teve a reeleição contestada pelo opositor Edmundo González, que alega ter sido o vencedor da disputa.

A oposição exige que sejam publicadas as atas eleitorais da votação, o que até agora não foi feito. O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) só divulgou boletins e número de votos, porém sem mostrar documentos que comprovem a vitória de Maduro.

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