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Metrô e CPTM dizem que privatização é apenas discussão e que sindicatos se precipitam

Os presidentes do Metrô, Julio Castiglioni, e da CPTM, Pedro Moro, veem “truculência” e comportamento antidemocrático na greve marcada para esta terça-feira (3).

Segundo disseram ao Painel, os responsáveis estão negando o projeto vitorioso nas urnas, ao usarem uma paralisação para protestar contra a participação do setor privado nas duas empresas.

“O que é lamentável é que essa discussão, que é legítima, seja travada numa seara ilegítima, numa arena não democrática. Essa é uma questão programática, que foi aprovada nas urnas. A discussão pode ser levada adiante de diversas formas em audiências, nas casas parlamentares, ou pela via da imprensa. Mas uma greve dessas tem uma quantidade infindável de consequências negativas”, diz Castiglioni.

Segundo ele, a discussão sobre privatização das empresas não teve ainda uma decisão. “É um momento prematuro para tratar essa questão como algo determinado”, afirma.

A privatização das duas empresas, diz ele, é “uma dentre várias possibilidades “. “Nada disso é feito de porta fechada. Entre privatizar e manter como estão existe um sem número de modelos possíveis”, declara.

As únicas linhas em que não haverá greve são justamente as privatizadas —4-amarela, 5-lilás, 8-diamante e 9-esmeralda.

Na semana passada, a Justiça do Trabalho determinou parâmetros para a greve, exigindo 100% de operação em horários de pico e 80% nos demais. Em caso de descumprimento, haverá multa de R$ 500 mil por dia, no caso da CPTM, e de R$ 100 mil por dia para cada entidade sindical, no caso do Metrô.

“Não sendo cumprida a decisão, vamos buscar a execução dessa multa. Vamos buscar a punição. Não vamos negociar o interesse público”, diz o presidente do metrô.


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