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Mãe de menina de 3 anos morta em acidente aéreo chega a SP: 'A dor é inexplicável', diz padrinho da criança

Na manhã deste sábado, cerca de 15 pessoas saíram do aeroporto de Cascavel com destino a Guarulhos em um voo da GOL. Assim que desembarcaram, os parentes foram levados para um espaço preparado para receber amigos e familiares em Vinhedo, no interior paulista, a poucos metros de onde o avião da companhia Voepass caiu matando 62 pessoas nesta sexta. Eles receberão apoio psicológico e emocional e aguardarão os trâmites para o reconhecimento e liberação dos corpos.

Adriana Ibba, que perdeu a filha, Liz, de 3 anos, que havia embarcado com o pai no na aeronave, fez questão de ir até Vinhedo. Amigo da família e padrinho da criança, Diego Máximo relatou como têm sido as últimas horas:

— Estou sem acreditar. A dor que a Adriana está sentindo é inexplicável. Ela chora muito pensando em como vai ser a vida dela sem a filha e na angústia de como estará o corpo da Liz para a despedida — contou..

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Famílias de vítimas da queda embarcam de Cascavel em direção a São Paulo — Foto: Foto: Cícero Bittencourt
Famílias de vítimas da queda embarcam de Cascavel em direção a São Paulo — Foto: Foto: Cícero Bittencourt

Em Cascavel, a Polícia Científica do Paraná montou uma força-tarefa para coletar material genético e receber documentos que possam ajudar na identificação das vítimas. Até o começo tarde deste sábado, cerca de 30 famílias tinham sido atendidas em um hotel da cidade.

As amostras deverão ser encaminhadas para o IML de São Paulo no começo da próxima semana.

— Estamos trabalhando em parceria com a Polícia Científica de São Paulo para evitar esse transtorno e dor maior dos familiares se deslocarem. Nossa orientação é quem puder que faça as coletas em Cascavel para agilizar o processo — explicou o perito crimina, Raul Lessa.

Ao longo do sábado, o movimento no aeroporto municipal Coronel Adalberto Mendes da Silva, em Cascavel, foi intenso. Depois de fechar o guichê de atendimento ontem à tarde, logo após o acidente, a Voepass reabriu o espaço e voltou a operar voos partindo da cidade.

A médica Juliana Chiumento, que iria embarcar ontem no voo que sofreu o acidente, voltou hoje ao aeroporto, mas decidiu mudar de companhia aérea:

— Eu tinha várias pessoas conhecidas e amigos nesse voo. E era para eu estar junto. Eu estava na fila do check-in e meu pai me mandou mensagem pedindo para atrasar a viagem para ficar mais um dia com ele. Aí eu troquei a passagem quando já estava no guichê para embarcar. Foi Deus que me salvou, mas não tenho coragem de ir no mesmo avião.

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