Maduro ainda não abriu diálogo com Brasil, Colômbia e México
O assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, afirmou, nesta quarta-feira (7), que o grupo composto por Brasil, Colômbia e México ainda não conseguiu um diálogo com Nicolás Maduro, presidente considerado eleito pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão eleitoral da Venezuela. As declarações ocorreram em entrevista à GloboNews.
Segundo Amorim, o presidente venezuelano, por enquanto, não havia entregado “nada” para os três países.
– Nós não temos ainda um diálogo direto com ele, porque eu acho que as coisas evoluem rapidamente – afirmou Amorim.
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Acrescentando não ter entendido o “significado” das atas entregues pelo CNE ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano na última segunda-feira (5).
A oposição ao regime de Maduro e países vizinhos vêm contestando a vitória do chefe do Palácio Miraflores. Para o assessor de Lula, se as atas da eleição presidencial venezuelana, ocorrida em 28 de julho, não forem apresentadas, “aí, sim, será condenável”.
Enquanto isso, o ex-chanceler reiterou a necessidade de diálogo para solucionar o impasse no país. Caso não ocorra uma resolução, Amorim teme que “possa haver um conflito muito grave” na Venezuela.
CARTA DO PT
Durante a entrevista, questionado sobre a carta da Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, na qual a sigla defendeu que Maduro era o presidente “reeleito”, Amorim disse que ele “não pensa desse jeito”.
– É normal saber que tem pessoas que pensam assim. É uma corrente política importante no Brasil. Eu, pessoalmente, não penso daquela maneira exatamente – minimizou.
Para o homem de confiança de Lula, o documento não gerou desgaste ao governo petista. Ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “governa o país” e deve “levar em conta outros fatores além da opinião do próprio partido”.
*Com informações AE
Fonte/Créditos: Jesus Vargas/Getty Images
Créditos (Imagem de capa): Celso Amorim Foto: EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda