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Luminárias históricas do Centro do Rio estão caindo aos pedaços

Luminária quebrada na Praça XV – SOS Patrimônio

No dia 1º de março do ano passado, o DIÁRIO DO RIO publicou uma matéria celebrando a revitalização das luminárias tradicionais do Centro Histórico pela Prefeitura do Rio de Janeiro em comemoração aos 458 anos da cidade. Na ocasião, foram entregues 15 peças na Rua do Mercado, que concederam à região um efeito belíssimo e nostálgico. Pelo Plano Urbano Reviver Centro, as peças foram as primeiras entre 300 luminárias prometidas.

Luminarias da Rua do Mercado Prefeitura Luminárias históricas do Centro do Rio estão caindo aos pedaços
Luminárias da Rua do Mercado – Prefeitura

Desde então comerciantes e amantes do Centro Histórico têm esperado com ansiedade pela entrega das demais luminárias que garantem um charme todo próprio à região, que, com muito esforço, tem voltado aos eixos. Infelizmente, por alguma razão, o projeto não prosperou. Quem anda pela Rua Sete de Setembro pode ver vários postes históricos destruídos pela ação de vândalos e pelo descaso. O mesmo acontece com as peças instaladas na Praça XV, muitas com as cúpulas soltas ou quebradas. Uma verdadeira lástima para o patrimônio histórico da cidade, que merece um cuidado especial por parte da poder público e da população, que também deve cumprir a sua parte na preservação patrimonial do Rio de Janeiro.

Pelo planejamento da Prefeitura, o perímetro delimitado pelas avenidas Passos, Presidente Vargas e Primeiro de Março; pelas ruas da Carioca, da Assembleia e São José, além da Praça XV, integraria o projeto piloto de revitalização do sistema de iluminação histórica. Caberia ao consórcio Smart Luz a produção das novas peças e a reforma das antigas, no âmbito do programa Luz MaravilhaParceria Público-Privada (PPP) administrada pela RioLuz. Todo o projeto de restauração foi concebido pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH), órgão atrelado à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SMPU).

Na ocasião da instalação das 15 luminárias da Rua do Mercado, a presidente do IRPH, Laura Di Blasi, chegou a destacar a importância da iluminação histórica para os bairros da região central, local onde surgiu o se desenvolveu a cidade do Rio de Janeiro, que por muitos anos foi a capital federal do Brasil.

“O Centro do Rio precisa de gente, de vida e de cuidado com seus bens históricos. Ao andar pelas Ruas do Ouvidor, da Conceição, do Rosário, nos deparamos com estes modelos antigos de postes e luminárias sustentadas por arcos de ferro fundido, com detalhes artísticos ou presas em cordoalhas, instaladas diretamente nas alvenarias das fachadas do casario. A iluminação é parte integrante da paisagem destes bairros centrais, que são regiões das mais importantes para o patrimônio cultural. Foi ali que surgiu a cidade e onde foram implementadas ações pioneiras de proteção e valorização da paisagem urbana, como o Corredor Cultural. Neste sentido, esta ação é essencial não somente para valorizar o patrimônio cultural, mas também para viabilizar a requalificação que se pretende na área central,” disse Laura Di Blasi, na época.

Cariocas e fluminenses, além dos milhares de turistas que amam as belezas naturais e históricas do Rio, aguardam a retomada do projeto de revitalização da iluminação tradicional do Centro, que tem mostrado a força de superação e o vigor presentes em outros centros urbanos do mundo.

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