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Lula lembra perda do dedo: “Médico podia ter deixado um cotozinho”

Durante a inauguração do Centro de Oncologia e Hematologia do Grupo Hospitalar Conceição, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou sobre a perda do dedo mínimo da mão esquerda.

O petista falava sobre o atendimento em hospitais públicos, fez uma brincadeira sobre o que aconteceu com ele em 1964, um acidente de trabalho que lhe fez precisar amputar o dedo.

– Eu fui no hospital. O médico podia ter sido mais delicado comigo e deixado um “cotozinho” para eu coçar o ouvido – disse o presidente em tom de brincadeira.

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E continuou:

– Ele preferiu meter a faca, com a tesoura, e cortou tudo. Eu fiquei sem meu dedinho.

Lula também falou das dificuldades de adaptação para fazer tarefas simples sem ter mais o dedo mínimo.

– Você pensa que foi fácil para mim? Eu tive dificuldade de lavar o rosto porque eu colocava a mão, e a água caía. Até que aprendi a cruzar a mão assim [faz um gesto com as mãos], e voltei a lavar meu rosto direito.

Quando o acidente aconteceu, Lula era torneiro mecânico em uma metalúrgica chamada Independência, localizada na época no bairro Vila Carioca, em São Paulo.

Essa não foi a primeira vez que o petista brincou sobre a situação de não ter o dedo. Em 2010, ele disse que o médico resolveu tirar todo o membro por achar que um peão não precisaria dele e citou “coçar o nariz”.

– Eu era um peão. Cheguei ao hospital com o macacão fedendo a graxa às 3h da manhã. O médico olhou para minha cara e disse: “Pra que esse peãozinho quer esse dedo? Vou logo tirar”. E tirou o cotozinho. Podia ter deixado o cotó para eu poder coçar o nariz.