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Lula diz que “reza” para que “até os indianos voltem a comer carne”

Durante o Fórum Empresarial Bolívia-Brasil, realizado em Santa Cruz de La Sierra na terça-feira 9, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “reza todos os dias” para que os indianos voltem a comer carne. Os bovinos são sagrados para o hinduísmo, a principal religião da Índia.

A declaração foi feita durante um discurso sobre os avanços tecnológicos na genética agropecuária. Ao justificar sua fala, o petista afirmou que o Brasil tem os meios necessários para “alimentar o mundo”.

“A gente já parou para pensar quanto de tecnologia tem em um grão de soja hoje? O quanto de engenharia genética tem na criação de um boi, de uma vaca? Tem muito investimento em genética para melhorar a qualidade da carne, a qualidade do leite”, disse Lula. “O mundo vai precisar cada vez mais de alimento. Meus amigos, eu rezo todos os dias para que até os indianos voltarem a comer carne […] porque nós temos o que vender, temos onde criar e como produzir.”

No hinduísmo, a vaca é vista como um símbolo de vida e fertilidade. Diversos textos sagrados hindus, como os Vedas, mencionam a importância da vaca e a associam com divindades como Krishna, que é frequentemente representado cuidando de vacas.

Além disso, a vaca é reverenciada por fornecer leite e produtos derivados, considerados essenciais para a nutrição e bem-estar da população. A veneração se reflete em práticas cotidianas e leis que protegem os bovinos. Em muitos Estados indianos, matar vacas é proibido.

Lula e Janja estiveram na Índia em setembro do ano passado

Em setembro de 2023, Lula e sua mulher, Janja, estiveram na Índia para uma reunião do G20. A viagem à capital do país, Nova Délhi, foi a 13ª viagem internacional de Lula desde que o petista tomou posse para seu terceiro mandato à frente da Presidência da República.

A hospedagem do presidente e da primeira-dama no hotel de luxo Taj Palace custou quase R$ 2 milhões aos pagadores de impostos, de acordo com dados do Portal da Transparência. Uma comitiva, cujos nomes ainda não foram divulgados, acompanhou o casal.

Além das diárias, o governo federal pagou cerca de R$ 330 mil para alugar “salas de apoio” no local, geralmente usadas para coletivas de imprensa, encontros reservados entre autoridades ou espaço de trabalho para quem acompanha o chefe do Executivo na viagem.