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Light reverte lucro e fica no prejuízo em R$ 10,9 milhões no 3º tri

Em processo de recuperação judicial, a Light registrou um prejuízo líquido de R$ 10,923 milhões no terceiro trimestre deste ano, de acordo com dados divulgados pela companhia na noite de quinta-feira (9/11).

O resultado obtido no período entre julho e setembro de 2023 reverte o lucro de R$ 7,88 milhões alcançado pela Light no terceiro trimestre do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 517,4 milhões no terceiro trimestre, uma queda anual de 14,7%.

A Light teve um resultado financeiro negativo em R$ 252,2 milhões, o que significa um recuo de 11,4% em relação ao mesmo período de 2022.

A receita líquida da companhia totalizou R$ 3,495 bilhões (+0,9%).

Light em crise

A Light tem uma dívida total estimada em R$ 11 bilhões. A empresa distribui energia para 31 cidades do estado do Rio de Janeiro.

O pedido de recuperação judicial, aceito pela Justiça, foi apresentado pela holding Light S.A., e não pela distribuidora Light Serviços de Eletricidade S.A. Segundo a legislação, concessionárias de serviços públicos de energia não podem recorrer à recuperação judicial ou extrajudicial.

A recuperação judicial é um processo que permite às organizações renegociarem suas dívidas, com o objetivo de evitar o encerramento das atividades, as demissões e a falta de pagamento aos funcionários.

Recuperação judicial em xeque

Como noticiado pelo Metrópoles, o plano de recuperação judicial da Light não foi bem recebido pelo Grupo de Debenturistas da Light Sesa, composto por credores da companhia de energia.

No início de setembro, o Conselho de Administração da empresa decidiu dar início às discussões de um plano que acelere o fim do período sob proteção judicial, segundo informações do jornalista Lauro Jardim, colunista de O Globo.

A mudança na estratégia da empresa estaria relacionada à urgência para atingir as condições necessárias para a renovação da concessão da Light Sesa, distribuidora de energia do grupo no Rio de Janeiro. O contrato vence em 2026.

Para receber a chancela da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do Ministério de Minas e Energia, é necessário dar garantias de sustentabilidade financeira da operação. Em uma recuperação judicial, algumas amarras burocráticas poderiam atrapalhar o processo.

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