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Lewandowski diz que é ‘Intolerável’ tentar barrar ministros do STF nos EUA

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, classificou como “intolerável” o pedido de congressistas dos Estados Unidos para barrar a entrada de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial Alexandre de Moraes, diante do embate com o bilionário Elon Musk.

– As plataformas precisam obedecer as leis do país. Se querem funcionar no país, têm que obedecer, têm que estar enquadradas no ordenamento legal do país. Senão, não podem funcionar. Então, a ameaça de cassação de vistos ou de proibição de entrada [nos Estados Unidos] é absolutamente intolerável – disse o ministro durante coletiva de imprensa em São Paulo, nesta sexta-feira (20).

A proposta de parlamentares do Partido Republicano dos Estados Unidos, divulgada nesta semana, ocorreu depois que o ministro Moraes suspendeu o X em território brasileiro.

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– Todos que querem funcionar no Brasil, e nós cidadãos também que queremos atuar no Brasil, temos que obedecer a Constituição e as leis. É assim que funciona – afirmou Lewandowski, que participou do seminário sobre impactos setoriais da inteligência artificial realizado pela Universidade de Santo Amaro (Unisa).

Uma das parlamentares envolvidas na proposta para barrar a entrada de ministros brasileiros nos Estados Unidos é Maria Elvira Salazar que, em comunicado oficial, afirmou que Moraes é “vanguarda” de um ataque à liberdade de expressão.

– O juiz da Suprema Corte do Brasil Alexandre de Moraes é a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão contra cidadãos americanos como Elon Musk. A liberdade de expressão é um direito natural e inalienável que não conhece fronteiras. Os aplicadores da censura não são bem-vindos na terra dos livres, os Estados Unidos – afirmou a deputada.

Suspensa desde o final de agosto, a empresa de Musk apontou dois advogados como representantes do grupo no Brasil, nesta quinta-feira (19). A plataforma, inclusive, começou a bloquear perfis de aliados de Jair Bolsonaro supostamente envolvidos na disseminação de fake news.

*Com informações AE