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Levante contra Milei: Greve geral na Argentina tenta frear pacotaço da extrema direita 

Uma grande greve geral atingiu toda a Argentina na quarta-feira (24), quando manifestantes tomaram a Praça do Congresso em Buenos Aires, capital do país. As informações são da Agência Pública Telam. 

Os manifestantes protestaram contra as medidas econômicas adotadas pelo presidente Javier Milei, uma espécie de “super decreto” com 664 artigos, que coloca fim a subsídios, reduz benefícios sociais e prevê privatizações de empresas estatais.

Além disso, o presidente argentino fez mudanças na legislação trabalhista do país, no sistema de saúde e na lei que rege os aluguéis pagos pela população.

Andrés Kozel, professor da Universidade Nacional San Martín, afirma que a manifestação uniu trabalhadores, sindicatos, ativistas da cultura e muitos independentes.

O secretário-geral da Central Geral dos Trabalhadores da Argentina, Hector Dae, disse à Agência Telam que os trabalhadores continuarão a luta e não vão dar um passo atrás até que as medidas de Milei caiam.

Para ele, as mudanças destroem direitos individuais dos trabalhadores, direitos coletivos e a liberdade de ação sindical.

Hector Dae afirma ainda que as mudanças levaram a um aumento ainda maior dos preços da comida e de combustíveis, ao mesmo tempo que o governo congela as aposentadorias.

Os sindicatos ainda pedem que o Congresso Nacional rejeite todas as medidas adotadas por Milei.

O brasileiro Etevaldo Teixeira, assessor sindical, acompanhou a situação na capital Buenos Aires e contou que a revolta da população é muito grande.

A ministra da segurança, Patricia Bullrich, que disputou as eleições contra Milei e depois aderiu ao governo, disse nas redes sociais, que os manifestantes defendem os privilégios da população. Ainda afirmou que não há greve que pare o governo e nem que o intimide.

O ministro da Economia, Luis Caputo, também disse nas redes sociais que, mesmo que o Congresso não aprove as medidas, o governo vai manter o déficit fiscal zero nas contas públicas.

A Argentina hoje é o país com a maior inflação na América Latina, com 211,4% em 2023, ultrapassando até a Venezuela.

*Da Agência Fonte Exclusiva com informações da EBC e TV Brasil. Compartilhe esta reportagem do Diário da Guanabara, o melhor site de notícias do Rio de Janeiro.

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