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Jovens cariocas criam projeto social visando ‘colocar no mapa’ comunidade na Zona Oeste do Rio

Jovens criadores do projeto ”Esperançar” – Foto: Divulgação

Em março de 2020, três amigos de infância resolveram caminhar pela comunidade 29 de Março, localizada em Cosmos, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ideia era distribuir máscaras que haviam conseguido por meio de doações durante a pandemia da Covid-19.

O que Searon Cabral, João Felipe e Marlon não esperavam era encontrar um território muito vulnerável e segregado, dentro de uma região já segregada e com carências de políticas públicas.

Eles, então, resolveram continuar com as caminhadas, apropriando-se cada vez mais daquele lugar. Dia após dia, ficavam claras as necessidades de um território que sofria com a pandemia, mas que também enfrentava as carências desde a sua construção.

Para se ter uma ideia, a 29 de Março só foi 100% asfaltada em 2024, 30 anos após sua fundação. Diante desse cenário, há quatro anos surgiu a proposta de levar esperança para um território ainda desconhecido, mas muito potente. O nome seria ”Esperançar”.

”Esse projeto já nos rendeu o Prêmio Paulo Freire, concedido pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do RJ (Alerj). Atualmente, o reforço funciona de maneira integrada com o time de futebol Cara Virada, que, há 21 anos, desenvolve um trabalho social em Santa Margarida e transforma vidas através do esporte”, explica Searon.

Outras iniciativas marcantes do mesmo projeto são o ”Cine Esperançar”, uma noite onde as crianças puderam, pela primeira vez, ter a experiência de um cinema, com direito a refrigerante e pipoca; e o ”Festival Esperançar”, cujo objetivo é valorizar artistas locais e fornecer produções audiovisuais.

”Mais que um projeto, o Esperançar representa o sonho de colocar um território no mapa cultural e social. A 29 de Março é um local potente e construído por trabalhadores e trabalhadoras, como é retratado no documentário ‘Construindo: A História da 29 de Março e de Santa Margarida’. Esse sonho se estende ao desejo dos voluntários de transformar sua própria realidade e oferecer dignidade aos seus vizinhos e irmãos de territórios. Mostrar potência onde enxergam dores e cura-las com ações e cobranças por políticas públicas”, conclui Cabral.

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