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Instituto pede investigação sobre acordo de Google e Meta de anúncios para menores

O Instituto Alana, organização que atua na defesa de crianças e adolescentes, pediu na última sexta-feira (9) à ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) que investigue as práticas de direcionamento de publicidade para menores brasileiros realizadas por Google e Meta.

Reportagem do Financial Times afirma que as empresas fizeram um acordo secreto para direcionar anúncios do Instagram para adolescentes no YouTube, driblando as próprias regras do site de buscas sobre como tratar os menores na rede.

Documentos aos quais a publicação teve acesso mostram que o Google trabalhou em um projeto de marketing para a Meta que tinha como objetivo direcionar anúncios que promoviam o Instagram a usuários do YouTube que tinham entre 13 e 17 anos de idade.

O Alana argumenta que o projeto viola uma regra do Google que proíbe personalização e direcionamento de anúncios para menores de 18 anos, incluindo a veiculação de anúncios com base em dados demográficos. As brechas nas políticas da plataforma que permitiram essas violações nos Estados Unidos também estão presentes nos termos de uso aplicados no Brasil, comprometendo a proteção dos jovens brasileiros contra a exploração comercial, afirma o instituto.

“Dado que crianças e adolescentes são pessoas em etapa peculiar de desenvolvimento, é de todo injusto que a eles seja direcionada publicidade que, por se assentar em perfis comportamentais, tem o condão de manipular, de maneira extremamente intensa e invasiva, a formação dos seus interesses e comportamentos”, indica a representação apresentada à ANPD.

No documento, a entidade afirma que é necessária a atuação da autoridade para apurar detalhes sobre as operações de perfilamento e direcionamento publicitário conduzidas pela Google com relação aos seus usuários adolescentes.

O Alana também quer que a Meta esclareça se a campanha publicitária desenvolvida em parceria com a Google afetou crianças e adolescentes brasileiros e qual a sua posição quanto ao perfilamento e direcionamento de publicidade segmentada a menores.

Além disso, pede que as empresas sejam responsabilizadas por eventuais violações à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e às normas de proteção à infância vigentes no Brasil.


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