A PF iniciou os trâmites internos do processo para pedir as extradições de Santos e Eustáquio na última quarta-feira (14). O pedido, no entanto, só deve ser encaminhado às autoridades estrangeiras após a conclusão do inquérito.
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Os dois foram alvos de mandados de prisão expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes também no dia 14, mas, por estarem fora do Brasil, a determinação do magistrado não pôde ser cumprida.
A PF investiga Allan dos Santos por ameaças contra delegados da PF e formação de quadrilha com intenção de atacar autoridades. Eustáquio também é investigado por usar a rede social da filha menor de idade para pedir doações em dinheiro.
Os jornalistas são considerados foragidos da justiça brasileira, mas não estão na lista da Interpol como fugitivos internacionais porque os crimes imputados a eles são classificados como “expressões” ou “opiniões” em outros países, como os Estados Unidos, onde está Allan dos Santos. Os pedidos de prisão apresentados nessa semana são relacionados à investigação que apura ataques ao STF e a delegados da PF.
A operação da PF deflagrada na última quarta e que mirava os dois bolsonaristas cumpriu mandados de buscas e apreensão. Na casa de Eustáquio, em Brasília, a PF revistou a filha dele, de 16 anos, na presença de uma representante do Conselho Tutelar. Ela teve o celular apreendido.
A CNN conversou na manhã dessa quinta-feira (15) com o acusado, que nega uso do perfil da filha para crimes. “O ministro Alexandre de Moraes e o delegado Fábio Shor vão expor ao ridículo o sistema judicial brasileiro. Moraes vai virar piada no Reino da Espanha porque ele está me acusando de ter facilitado o cometimento de um crime pela minha filha. Qual crime? Expor a sua opinião e mostrar a foto do delegado Fábio Shor em uma publicação no X”, declarou Eustáquio à reportagem.
A defesa de Allan dos Santos não foi encontrada.