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Filha do traficante Fernandinho Beira-Mar recebe ‘Prêmio de Responsabilidade Social 2023

Fernanda Costa, filha do traficante Fernandinho Beira-Mar, recebeu, na última quinta-feira, 9, o troféu e o diploma “Responsabilidade Social 2023”. As honrarias foram entregues no plenário da Câmara Municipal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, onde ela atua como vereadora pelo MDB.

A parlamentar, de 34 anos, foi condenada em abril deste ano, pelo Tribunal Regional Federal de Rondônia, por levar mensagens do pai, que está preso, à facção criminosa Comando Vermelho. A ação segue na Justiça depois de os advogados dela terem recorrido em segunda instância.

O troféu, entregue à parlamentar ligada ao tráfico de drogas, tem os logotipos do governo estadual fluminense, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e da Secretaria de Cultura e Turismo de Duque de Caxias.

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A honraria foi concedida pela Associação Grupo para Todos. A associação defende a bandeira “progressista” da diversidade sexual.

Por ser formada como cirurgião dentista, a filha do traficante Fernadinho Beira-Mar se apresenta nas redes sociais como “doutora Fernanda Costa”. Em outubro, para homenagear o Dia dos Vereadores, ela postou uma foto em seu Instagram com a música “Foi a mão de Deus”.



Entenda a condenação da filha de Fernandinho Beira-Mar e agora vereadora “laureada”

O traficante Fernandinho Beira-Mar e cinco de seus filhos, incluindo a vereadora Fernanda, foram condenados no início de abril, por organização criminosa apontada nas investigações da Operação Epístolas, de 2017. A condenação se deu por meio do Tribunal Regional Federal de Rondônia.

O trabalho da polícia mostrou como o traficante, mesmo preso, conduzia seus negócios junto ao tráfico de drogas a partir de cartas e bilhetes enviados ao Comando Vermelho com a ajuda dos filhos. Isso acontecia durante as visitas de Fernanda e dos irmãos dela ao presídio onde o traficante segue detido.

Os advogados da vereadora recorreram em segunda instância. Caso condenada, ela terá que cumprir de 4 a 10 meses de regime semiaberto, perderá o mandato na Câmara de Duque de Caxias e terá os direitos políticos cassados pelo período de oito anos.