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Exército tenta encontrar 21 metralhadoras que sumiram do quartel 

O Exército Brasileiro investiga o desaparecimento de 21 armas do arsenal de guerra de um quartel na cidade de Barueri, no interior paulista. Treze armas são metralhadoras .50 e oito de calibre 7,62. 

O desaparecimento do armamento foi notado durante uma inspeção na unidade ligada ao Comando Militar do Sudeste, na terça-feira (10) e divulgado na última sexta-feira (13). Segundo o Exército, as metralhadoras são “armamentos inservíveis que foram recolhidos para manutenção”.

Para o secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite, o furto das armas pode ter ‘consequências catastróficas’, se cair nas mãos do crime organizado.

Em sua página na rede social X (antigo Twitter), Derrite disse que determinou que a Polícia Civil e Militar realizem operações visando recuperar o armamento. 

“Nós, da segurança de São Paulo, não vamos medir esforços para auxiliar nas buscas do armamento e evitar as consequências catastróficas que isso pode gerar a favor do crime e contra segurança da população”, escreveu Derrite.

Explicação do Exército é considerada contraditória

Entrevistado pela mídia paulista, o gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani, avaliou a explicação do Exército como contraditória. Ele concordou que o furto das armas é preocupante mesmo que não estejam em pleno funcionamento.

“Fala em ‘inservíveis’ e depois ‘manutenção’. Mesmo que as armas não tivessem em condições imediatas de disparo, por falta de uma peça ou falha mecânica, o desvio é absurdamente preocupante, pois o crime dispõe de armeiros com condições de prestar manutenção nestas armas e produzir em máquinas modernas peças faltantes, ou mesmo ‘canibalizar’ uma arma para consertar outras. Uma única metralhadora dessa [.50] na mão do crime organizado já sitia sozinha um batalhão inteiro de qualquer polícia do Brasil, agora imagine 13”, afirmou Langeani em entrevista a um jornal paulista. 

Também se reportando sobre o episódio, o Exército destacou que uma investigação está em curso para identificar os criminosos e os militares que trabalham no paiol, local onde as armas são guardadas, estando esses militares proibidos de ir para casa. O Exército também afirmou que a medida “segue os procedimentos previstos para o caso”, segundo destacou reportagem de O Globo.

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