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Exército de Israel anuncia que completou cerco à cidade de Gaza


Militares israelenses iniciaram uma incursão terrestre a Gaza e estão avançando pelo território dominado pelo grupo Hamas

O porta-voz do Exército de Israel, general Daniel Hagari, afirmou que o cerco à cidade de Gaza foi concluído nesta quinta-feira (2/11). Os militares israelenses fazem incursão pelo território dominado pelo grupo extremista Hamas e contam com auxílio de bombardeios realizados contra edifícios.

“Os nossos soldados completaram o cerco à cidade de Gaza, o centro da organização terrorista Hamas”, declarou o porta-voz do Exército de Israel. O território é dominado pelo Hamas desde 2007, quando forças do governo da Autoridade Palestina acabaram expulsas da região.

“O conceito de um cessar-fogo não está em cima da mesa”, acrescentou Daniel Hagar. Os ataques de Israel contra Gaza se intensificaram depois que membros do Hamas invadiram o território israelense e fizeram centenas de vítimas, em 7 de outubro.

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Segundo o porta-voz do Exército de Israel, os ataques têm se concentrado contra “quartéis-generais, posições de lançamento e infraestrutura de lançamento do Hamas, eliminando terroristas em combates cara a cara”.

O Ministério da Saúde de Gaza informou que mais de 9 mil pessoas morreram desde que os conflitos na região foram intensificados. Desses, 3.760 são crianças. Esse número é utilizado como parâmetro pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA), Philippe Lazzarini, ressaltou que os bombardeiros de Israel contra Gaza atingiram escolas localizadas dentro do campo de refugiados de Jabalia.

De acordo com Lazzarini, os ataques às escolas de Jabalia deixaram pelo menos 20 pessoas mortas e outras cinco feridas.

“Desde o início da guerra, em 7 de outubro, quase 50 edifícios e ativos da UNRWA foram afetados, alguns dos quais foram diretamente atingidos. Tal como os atuais, isso inclui edifícios da UNRWA utilizados como abrigos, onde a UNRWA acolhe atualmente cerca de 700 mil pessoas. Vinte e cinco desses abrigos estão no norte de Gaza, acolhendo 112 mil pessoas”, detalhou o comissário da UNRWA.

O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, ressaltou que o governo norte-americano tem trabalhado em pausas humanitárias.

Os Estados Unidos estão “tentando explorar a ideia de muitas pausas [humanitárias] que possam ser necessárias para levar ajuda, e as pessoas saírem com segurança, incluindo reféns”, disse Kirby.

Questionado sobre os ataques de Israel ao campo de refugiados em Jabalia, Kirby destaca que os EUA, “certamente, não querem ver um único civil ferido ou morto neste conflito. Podemos trabalhar com nossos homólogos israelenses para tentar minimizar o risco de mortes de civis e danos colaterais”.